Esta será a primeira revisão do acordo bilateral desde a inauguração da usina, em 1973. Governo paraguaio deve abrir mão da exigência de aumento da tarifa de energia
O governo Dilma Rousseff está disposto a fazer a primeira revisão do tratado binacional de Itaipu desde a inauguração da hidrelétrica, em 1973, informa o Relatório Reservado, newsletter da área de negócios e finanças. Segundo fontes da Casa Civil, o assunto já vem sendo discutido informalmente com o presidente do Paraguai, Horacio Cartes. A expectativa é que as negociações sejam oficialmente deflagradas em junho, quando o Ministério de Minas e Energia, o Itamaraty e a própria Casa Civil deverão encaminhar ao Planalto o primeiro esboço de propostas para o novo acordo. Segundo o RR apurou, o ministro Edison Lobão era contrário à renegociação do tratado, mas automaticamente tornou-se voto vencido diante da disposição de Dilma Rousseff de rever o acordo.
Dilma, que, inicialmente, também estava reticente em relação ao assunto, assumiu nova postura após o encontro que teve com o presidente paraguaio em outubro do ano passado, durante a cerimônia de inauguração da nova linha de transmissão entre a usina e Assunção. Na ocasião, pela primeira vez, Cartes mostrou-se propenso a abdicar do reajuste das tarifas pagas ao Paraguai em contrapartida à garantia de aumento da energia repassada ao país. Este sempre foi um dos maiores, senão o maior óbice à renegociação do tratado.
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