quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

AUMENTO DA RENDA FAZ COM QUE MAIS BRASILEIROS UTILIZEM PRODUTOS E SERVIÇOS BANCÁRIOS

Confira agora algumas dicas para usufruí-los de forma consciente e segura

O aumento da renda do trabalhador trouxe para o mercado um novo desafio, o da bancarização das classes emergentes. Pessoas que, até então, nunca haviam tido qualquer tipo de relacionamento com instituições financeiras, passaram a ser disputadas pelos bancos. Segundo levantamento do Data Popular, o número de pessoas bancarizadas cresceu 32% nos últimos sete anos. Em 2006 eram 64 milhões, já em 2013 este público passou para 85 milhões (cidadãos com mais de 18 anos). Deste total, 47,6 milhões pertencem à classe média e apenas 10,2 milhões à classe baixa.

Diante desse cenário de novidades, o novo correntista passou a ter uma grande oferta de produtos e serviços financeiros. Mas, é preciso ficar atento para não levar gato por lebre. Se informar sobre as taxas que estão sendo cobradas, sobre os produtos oferecidos e sobre como utilizar os cartões e os talões de cheques disponibilizados pelos bancos são alguns dos cuidados primordiais para quem deseja usufruir de todos os benefícios deste novo momento de forma consciente e segura.

Para a coordenadora do Investmania, Aline Rabelo, antes de qualquer coisa é necessário optar por uma instituição financeira consolidada. No site do Banco Central, órgão que regulamenta o setor, é possível verificar o ranking de reclamações dos bancos e também quais são as instituições mais tradicionais. Feito isso, o próximo passo é saber sobre o tipo de conta que está sendo ofertada e quais as taxas serão debitadas. “Geralmente, os bancos oferecem pacotes de tarifas diferenciados para cada perfil de cliente. É preciso conhecer esses pacotes e verificar se atendem às suas necessidades. Mas tome cuidado, muitas vezes os gerentes indicam pacotes com opções de transações que você não irá usar. Então, se informe antes de decidir”, alerta.

Outra prática dos bancos é oferecer uma série de produtos adicionais para o novo cliente. “Não saía aceitando tudo. Questione, esclareça e veja se realmente o produto será útil para você. Lembre-se também que os gerentes têm metas a serem cumpridas. O correntista não é obrigado a ter nenhum produto do banco para manter uma conta corrente. Fique atento”, ressalta a coordenadora da Investmania.

Meios de pagamento eletrônicos, cheques, limites de crédito, financiamentos e outras palavrinhas também passaram a fazer parte do dia a dia do novo bancarizado. Mas, cuidado, essa sopa de letrinhas pode trazer grandes prejuízos no futuro.

Limites de crédito e financiamentos devem ser muito bem analisados antes de autorizados. As taxas de juros e demais tarifas envolvidas, assim como tributos, devem ser colocados na ponta do lápis. “O objetivo de tomar um empréstimo também tem que ser muito bem avaliado. Será que esse é realmente o momento de vida ideal para comprar um carro, por exemplo? Que tal poupar por um tempo e realizar o seu sonho de consumo pagando à vista e com um bom desconto?”, recomenda.

Sobre os meios de pagamento também é necessário ficar atento quanto à melhor opção. Quando usar o cartão de débito e quando usar função crédito? No comércio, por exemplo, o cartão de débito deve ser sempre a primeira opção. Mas lembre-se, para usar esta modalidade é necessário ter dinheiro em conta corrente. Caso decida pelo cartão de crédito, atenção, nunca deixe de pagar o total da fatura. “O cartão de crédito tem uma das taxas de juros mais altas do mercado para quem entra no temido pagamento rotativo. Por isso, evite quitar menos que o total”, alerta Aline, lembrando que o uso de cheque deve ser a última das alternativas, já que este é um dos meios mais facilmente falsificados.

Quanto ao uso da internet para a realização de operações financeiras, priorizar a segurança é a palavra de ordem. “Esse é um meio em expansão. Os bancos oferecem vários serviços em seus sites. Certifique-se sempre que você está de fato na página oficial da instituição. Nunca use computadores de estranhos e digite a sua senha sempre de forma discreta e sem divulgá-la a terceiros”, recomenda a especialista.


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