domingo, 21 de abril de 2013

Sindicato dos Metalúrgicos realiza a quinta edição do 1º de Maio na Avenida do Povo




O Sindicato dos Metalúrgicos realiza no dia 1º de Maio a 5ª edição da comemoração ao Dia do Trabalhador na Avenida do Povo. 

O 1º de Maio contará com uma tarde de programação com shows e atrações para toda a população. Este ano as atrações principais serão o grupo Art Popular e a dupla Fred e Gustavo.

O Sindicato realiza a festa desde o ano de 2009 e a cada dia vem reunindo um maior número de pessoas para a comemoração. 

Além de oferecer descontração e integração entre a população, a atividade tem o objetivo de reunir a cidade para um momento de reflexão e conscientização da importância de todos os trabalhadores para a o desenvolvimento da sociedade. 

“Convido toda a população de Taubaté e Região para estar conosco no dia 1º de maio, participando desta grande comemoração em homenagem a todos os trabalhadores e trabalhadoras”, afirma Isaac do Carmo, presidente do Sindicato.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Alexandre Villela defende reajuste de 16% proposto por Sindicato dos Servidores




O vereador Alexandre Villela (PMDB) solicitou ao prefeito de Taubaté que aprove o percentual de 16% de reajuste proposto pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, considerando que há muito tempo falta revisão dos salários dos funcionários da administração.
“Essa valorização dos servidores será muito importante, aumentando a qualidade dos serviços prestados, pois os servidores trabalharão mais motivados”, justificou no requerimento aprovado pela Câmara e enviado ao Executivo.
Merendeiras
Alexandre questionou sobre o salário das merendeiras já que, segundo informações, a empresa SHA Alimentos não está pagando o piso da categoria. Pediu esclarecimentos também sobre o fato de a empresa não estar respeitando o horário de almoço das merendeiras.

terça-feira, 16 de abril de 2013

JUÍZA SUSPENDE PROCESSO DE CASSAÇÃO DE ORTIZ JÚNIOR


Despacho interlocutório da juíza eleitoral de Taubaté, Dra Sueli Zeraik, suspende, sem decisão, a AIJE nº 587-38.2012.6.26.014, ajuizada pelo Ministério Público Eleitoral em 28/10/12, na qual se pede a cassação do diploma e a inelegibilidade de Ortiz Júnior por oito anos.
IRANI LIMA

A decisão deve ser publicada na edição desta terça-feira (16) do DJE (Diário de Justiça Eletrônico).

O Ministério Público deve impetrar mandado de segurança nesta terça ou, no máximo, quarta-feira (17), no Tribunal Regional Eleitoral, com pedido de liminar para obrigar a magistrada taubateana a julgar a lide.

O artigo 97-A da Lei 9.504/97, que estabelece normas para as eleições considera razoável o prazo de um ano para o julgamento de processos eleitorais, ou seja, até os recursos serem julgados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), se for o caso. Veja:

Art. 97-A. Nos termos do inciso LXXVIII do art. 5o da Constituição Federal, considera-se duração razoável do processo que possa resultar em perda de mandato eletivo o período máximo de 1 (um) ano, contado da sua apresentação à Justiça Eleitoral. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)

§ 1o.  A duração do processo de que trata o caput abrange a tramitação em todas as instâncias da Justiça Eleitoral. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)

§ 2o. Vencido o prazo de que trata o caput, será aplicável o disposto no art. 97, sem prejuízo de representação ao Conselho Nacional de Justiça. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)

A Justiça Eleitoral de Taubaté está com o processo ajuizado pelo MPE há mais de cinco meses – desde 28 de outubro de 2012.

É líquido e certo que a parte perdedora em Taubaté recorrerá ao TRE contra a decisão de primeira instância. O processo, com certeza vai para Brasília, para ser julgado pelo STE.

Mandado de segurança tem procedimento sumaríssimo e preferência sobre os demais. O TRE deve se manifestar a respeito até a próxima sexta-feira, se o MS for ajuizado nos próximos dois dias pelo MPE de Taubaté.

Já há uma apelação do MPE no Tribunal Regional Eleitoral contra o arquivamento da AIJE nº 952-92.2012.6.26.0141, sem que a Dra Sueli Zeraik ouvisse testemunhas importantes, como os possíveis “doadores” da campanha de Ortiz Júnior.

O MPE não aceitou a alegada litispendência que deu margem ao arquivamento do processo e recorreu ao TRE.

O promotor Darlan Dalton Marques, do MPE de Taubaté, entende que a Dra. Sueli Zeraik está violando o direito líquido e certo de prestar jurisdição ao caso, ferindo todos os princípios constitucionais.

Informação do MPE dá conta que a juíza eleitoral quer aguardar a sentença a ser prolatada em São Paulo, na 14ª Vara da Fazenda Pública, para julgar o caso de Taubaté.

Esquece-se a Dra. Sueli Zeraik que Ortiz Júnior é réu por improbidade administrativa em São Paulo, na área cível, e por abuso de poder político e econômico em Taubaté, no âmbito eleitoral.

São processos distintos, embora os principais réus sejam os mesmos. O processo0045527-93.2012.8.26.0053, em tramitação na 14ª Vara da Fazenda Pública da Capital, tem como réus, entre outros, José Bernardo Ortiz e Ortiz Júnior.

Veremos amanhã (16) no DJE o teor do despacho da juíza eleitoral sobre o processo que pode resultar na cassação de Ortiz Júnior.

Nada está perdido, embora, estranhamento, as ações protelatórias existam. 

Receita de família


Camões Filho

         Família é a base de tudo. Com família, educação e religião, temos uma sociedade saudável, feliz, próspera. Observe bem e irá constatar que, onde faltam família, educação e religião, o crime e os maus costumes imperam.
         Hoje, quando as famílias se desintegram, lembro-me de uma singela receita da família feliz, que leva os seguintes ingredientes: 4 xícaras de Amor; 2 xícaras de Felicidade; 3 xícaras de Perdão; 1 xícara de Amizade; 5 colheres de Esperança; 3 colheres de Ternura; 4 potes de Paciência; 1 barril de Alegria. Modo de Fazer: Pegue o Amor e a Felicidade, misture muito bem com a Paciência. Junte a Ternura com a Amizade e o Perdão. Acrescente a Alegria e salpique Esperança. Sirva em grande quantidade para que a Paz reine em sua casa e a União prevaleça constantemente em sua família.
         Mas li por aí que família é prato difícil de preparar. São muitos ingredientes. Reunir todos é um problema, principalmente no Natal e no Ano Novo. Pouco importa a qualidade da panela, fazer uma família exige coragem, devoção e paciência. Não é para qualquer um.
         Os truques, os segredos, o imprevisível. Às vezes, dá até vontade de desistir. Preferimos o desconforto do estômago vazio. Vêm a preguiça, a conhecida falta de imaginação sobre o que se vai comer e aquele fastio. Mas a vida sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite.
         O tempo põe a mesa, determina o número de cadeiras e os lugares. Súbito, feito milagre, a família está servida.
         Fulana sai a mais inteligente de todas. Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade. Sicrano, quem diria? Solou, endureceu, murchou antes do tempo. Este é o mais gordo, generoso, farto, abundante. Aquele, o que surpreendeu e foi morar longe. Ela, a mais apaixonada. A outra, a mais consistente.
         E você? É, você mesmo, que me lê os pensamentos e veio aqui me fazer companhia. Como saiu no álbum de retratos? O mais prático e objetivo? A mais sentimental? O mais prestativo? O que nunca quis nada com o trabalho? Seja quem for, não fique aí reclamando do gênero e do grau comparativo. Reúna essas tantas afinidades e antipatias que fazem parte da sua vida. Não há pressa. Eu espero.
         Já estão aí? Todas? Ótimo. Agora, ponha o avental, pegue a tábua, a faca mais afiada e tome alguns cuidados. Logo, logo, você também estará cheirando a alho e cebola. Não se envergonhe de chorar. Família é prato que emociona. E a gente chora mesmo. De alegria, de raiva ou de tristeza.

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 Camões Filho, jornalista, escritor e pedagogo, é membro titular da Academia Taubateana de Letras.
E-mail para contato com o autor:  camoesfilho@bol.com.br

terça-feira, 9 de abril de 2013

Tudo acaba em pizza...


Camões Filho

         No Brasil, para o bem ou para o mal, tudo acaba em pizza, servida bem quentinha ao lado de uma gelada. Folclore ou verdade, tudo vem acabando há décadas com a famosa redonda.
         Consta que antigamente terminar em pizza indicava generosidade, coração aberto e não guardar mágoas de quem tivesse opinião diversa. Depois de uma discussão, por causa de política ou futebol, por exemplo, os oponentes davam-se as mãos e se dirigiam para uma pizzaria. E tudo acabava em pizza.
         Hoje a expressão está presente no espírito popular, significando impunidade, falta de respeito com as instituições, corporativismo, descrédito na justiça. O tempo se incumbiu de degradar essa expressão que surgiu de sentimentos mais puros.
É uma pena que os políticos não possam usar este bordão da forma inicial, que poderia ser o símbolo de uma atitude que espelha a generosidade humana. Na realidade, o significado de “acabar em pizza” deveria ser o símbolo nacional de boa vontade e de compreensão e não o termo usado para a impunidade política, a roubalheira, a falta de ética.
Temos visto na imprensa diariamente o farto noticiário de políticos e afins que abocanham recursos públicos com a mesma fome com que se fartam de uma boa pizza. Gente que avança de faca, garfo e unhas afiadas no erário público. Enchem as burras de dinheiro malversado com a mesma gana com que enchem suas panças.
E nem se importam com a opinião pública e se tiverem que prestar contas, apelam para o direito democrático de permanecer calado e não produzir provas contra si próprio.
E depois seguem para as pizzarias, onde tudo acaba em pizza, de todos os sabores. Especialmente aquela que é a mais popular, de muçarela. Isso mesmo, muçarela, que ele escreve erroneamente com dois esses. Se é que sabe escrever alguma coisa.
Roubar eles sabem bem, mas que aquele queijo delicioso das pizzas se escreve assim mesmo, muçarela, com cê-cedilha, isso ele não sabe nada.
Certamente a maioria deles fugiu da escola, trocando os bancos escolares pelas mesas de uma pizzaria, onde confabulam suas malversações.
E tudo acaba em pizza...
        
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 Camões Filho, jornalista, escritor e pedagogo, é membro titular da Academia Taubateana de Letras.
E-mail para contato com o autor:  camoesfilho@bol.com.br

sábado, 6 de abril de 2013

Prefeito de Taubaté participa do Programa Sincovat



O Prefeito de Taubaté José Bernardo Ortiz Júnior (PSDB) é o entrevistado da próxima segunda-feira, 08, do Programa Sincovat – telejornal de negócios do Sindicato do Comércio Varejista. Durante o bate-papo, Júnior explica ao jornalista Alexandre Andrade as dificuldades que enfrentou ao administrar a prefeitura nos primeiros três meses de mandato.

O prefeito também comentou as ações que vem tomando com relação ao comércio informal. O programa vai ao ar às 20h pela TV Cidade, canal 03 da NET e vai mostrar ainda que os profissionais do setor da estética e beleza usam a criatividade para crescer junto com o mercado que segue em plena expansão.

O Brasil já é o quarto maior consumidor de games do mundo e os lojistas que trabalham diretamente ligados ao setor comemoram as vendas e a expectativa é de crescer ainda mais com a vinda de novos lançamentos.

Bebês que parecem de verdade – artesã de Caçapava produz bonecas semelhantes a crianças reais e exporta para vários países. Essas e outras reportagens também podem ser conferidas pelo sitewww.sincovat.org.br a partir da próxima terça-feira.
  

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Coisas de Taubaté...


  Taubaté um dia foi totalmente diferente do que é hoje. Acho que de uns quarenta, cinqüenta anos restaram apenas as ruas apertadas que ainda persistem, mesmo com a cidade hoje com mais de 170 mil carros.
A Taubaté de antanho perdeu-se na poeira do tempo. Como a nossa própria cidade, de quando éramos crianças ou mesmo mais jovens, que também já não existe mais.
         Cadê a Taubaté do apito da nossa fábrica de tecidos, a velha CTI, que empregou metade da cidade e a outra metade tinha algum parente ou amigo lá trabalhando? Cadê os operários da Juta, com suas bicicletas e garrafinhas de café no bolso de trás? Onde estão a Studenick, a fábrica de Louças Santa Cruz, a de Tintas Vera Cruz? Cadê a fábrica de Açúcar Pérola, que trazia um pacotinho com balas açucaradas, que adoçavam a nossa infância?
         Pode procurar como agulha no palheiro e não vai achar jamais os cinemas Urupês, Metrópole, Boa Vista. Nem o Cine Palas, com seus domingos de sonho e fascinação, do Mercurinho com os saudosos desenhos de Walt Disney, as tardes dos matinês com seus seriados e filmes de faroeste, onde desfilavam heróis e bandidos, logo depois da troca de gibis ali na calçada do saudoso cinema. Já não existe mais o Cine Odeon, que funcionava no prédio da antiga Difusora, onde toda quinta-feira havia uma invasão de monstros japoneses, entre os quais Godzilla reinava triunfante nas bizarras cenas em preto e branco.
         Você pode ficar aguado, mas nunca mais irá comer o melhor quibe do mundo, do Bar Pilar. Pode riscar também do cardápio o croquete e a laranjada do Bar Bello, que a gente degustava lendo “A Gazeta Esportiva” dependurada em ganchos na parede. Você não irá mais rodopiar pelo velho barracão da Associação dos Empregados no Comércio de Taubaté, ao som do Biriba Boys, Ritmos OK, Tropical Ritmos e outros conjuntos que faziam o fundo musical de nossas vidas. Nunca mais irá dançar no velho salão do Sesi, onde a gente subia uma escada de madeira que rangia ao som de dolentes boleros.
         O Bar do Alemão é apenas um retrato na memória. Seu chope gelado, sua maionese de batata, tomate e frios, a salsicha com a indefectível mostarda preta e um pão torradinho, estão presos em um tempo em que a gente saía apenas para curtir a vida, namorar, papear com os amigos, quando a maior violência era ver alguém discutindo futebol.
         Bem ao lado do bar havia o serviço de alto-falante onde Cid Moreira, ainda mocinho, nos brindava com os sucessos da época,  rodando seus discos de vinil, chiando numa velha pick-up RCA Victor, enquanto as moiçolas passeavam pela calçada ao redor da Praça Dom Epaminondas, rodopiando com suas saias plissés.
         Não saia domingo à noite pensando em ir à sessão das sete do Palas e depois ficar por ali, rodando entre o cinema e a praça, na paquera, onde nasciam todos os namoricos. Depois, tomando um inesquecível frapé de coco na Sorveteria Raphael, roubar um beijo da primeira namorada.
Já não existem mais as tardes domingueiras no velho campo do Taubaté, quando a gente ia torcer pelo Esporte, triunfante com sua camisa alvi-azul zebrada.
Cadê aquela Taubaté do Ginásio Taubateano e do Olegário, do Bosque, ali em frente do Fórum, onde preguiças passavam o dia espreguiçando-se pelos galhos das muitas árvores com sua generosa sombra?
Cadê o trem que não vem, pra gente ir à Festa de Tremembé? Onde estão Dito Martelo e Júlio Guerra, para contar suas histórias e a gente fingir que acredita em suas proezas?
         Você pode procurar essa Taubaté de lanterna na mão, feito um Diógenes, que não vai encontrar. A menos que apareça por aí um cientista maluco e nos leve de volta para aquele tempo de felicidade e inocência, quando a gente curava certos males com as meizinhas do raizeiro Calabró ou as pílulas mágicas da farmácia do Vanorden.
         Onde está a Taubaté da Casa Rabelo, da Papelaria Oliveira, da Camisaria Siqueira, do Foto Rezende rivalizando-se com o Foto Ásia? Alguém sabe da Casa Dantas, da Ducal, da Marlon Modas, da Sapataria Paolicchi, do Trocadero?
         Está viva apenas em nossa memória aquela Taubaté do Paris Café, das casas Fonque e Mansur, da Padaria Suíça Vitória e sua inesquecível bomba de chocolate. A gente já não toma mais os guaranás Jaty e Joaninha, a água mineral Magna ou o Café Victória, que era delicioso, pois o resto era história, como dizia seu velho reclame.
         Ficou perdido no tempo o mais saboroso caramelo, da fábrica de doces Embaré. Já não há mais, também, os doces Francano, a fonte Imaculada Conceição, onde às vezes a gente subia o morro só para matar a sede ou trazer garrafões de água.
Procuro e não encontro o Bar Ubirajara e sua famosa quadra de bocha. Cadê a fábrica de camas Liete e o campo do Nova América, que eram vizinhos na Vila São José?
E os bares Hippie e Sky, que lado a lado lutavam para conquistar os jovens, na saída dos bailes e brincadeiras dançantes, com seus lanches incríveis? Um dia eu curtia o xis-bacon do Sky, no outro o xis-burger do Hippie, do saudoso Tremendão, que um dia deixou Taubaté para encontrar a morte da mais trágica forma.
Cadê o jornal A Tribuna, onde a gente curtia a coluna do Agê e as fofocas esportivas do Bolívar Guisard, que assinava como Ravilob?
Cadê o programa “Conversando com a saudade”, conduzido com maestria pelo Alcino de Oliveira Santos, onde ele apresentava sucessos do passado e lia as maravilhosas crônicas do saudoso Emílio Amadei Beringhs? Cadê os vozeirões do Silva Neto e do Robson Baroni, nos encantando na frequência da Rádio Difusora? Cadê o irmão do Robson, o Márcio, com sua boite 720?
         Esta era a nossa Taubaté, que nos escapou pelas mãos e foi levada através da areia da ampulheta, que de modo inexorável, nos roubou o encanto de uma cidade que não existe mais...
        
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 Camões Filho, jornalista, escritor e pedagogo, é membro titular da Academia Taubateana de Letras.
E-mail para contato com o autor:  camoesfilho@bol.com.br