sábado, 13 de julho de 2013

Como tratar as doenças do labirinto?



Chamadas genericamente - e erroneamente - de labirintites, os problemas que afetam a audição e o equilíbrio têm diversas causas e tratamentos.

Estima-se que cerca de 42% dos adultos queixam-se de tontura em pelo menos alguma época de suas vidas. Tontura é o termo que representa genericamente todas as manifestações de desequilíbrio corporal. As tonturas estão entre os sintomas mais frequentes em todo o mundo e, em cerca de 85% dos casos da sua ocorrência, a origem é labiríntica.
"Labirintite" é um termo popular usado normalmente para indicar distúrbios relacionados com o equilíbrio e a audição. Assim sendo, uma labirintite pode significar tontura, vertigem, zumbido, desequilíbrio e varias outras formas de mal estar. “Porém, o termo correto a ser usado é ‘labirintopatia’, que significa, na verdade, ‘doença do labirinto’”, explica a Dra. Rita de Cássia Cassou Guimarães, Otorrinolaringologista e Otoneurologista de Curitiba, PR.
 
O ouvido possui dois componentes delicados: a cóclea, aparelho responsável pela audição e o aparelho vestíbular, responsável pelo equilíbrio do corpo. Juntos, a cóclea e o aparelho vestíbular formam o labirinto. Quando acontece alguma forma de comprometimento em algum desses sistemas – separadamente ou juntos – o indivíduo sentirá, inevitavelmente, sintomas como vertigens, tonturas, zumbidos, ou desequilíbrio. “Esses sintomas acontecem porque o nosso cérebro capta informações erradas sobre a nossa posição no espaço, que são criadas pelo labirinto enfermo, e como resultado, existe uma ‘alucinação de movimento' com sensação de rotação do corpo ou do ambiente chamada de vertigem, explica Rita.
A especialista comenta que várias são as causas das doenças que atingem o labirinto. Doenças pré-existentes como diabetes, hipertensão ou reumatismos, podem ser uma das causas dos problemas no labirinto. Assim como a utilização em demasia de alguns remédios, como antibióticos e antiinflamatórios, que podem alterar as funções do ouvido.
“Também podemos citar as alterações bruscas na pressão arterial, infecções por bactérias ou vírus, o excesso de cafeína, álcool, tabaco ou demais drogas, problemas na coluna cervical ou na mandíbula, estresse, problemas psicológicos... As causas podem ser as mais variadas, por isso é preciso um estudo profundo para descobrir de onde começaram a surgir os incômodos”, ressalta a médica. Para tratar das labirintopatias, Rita diz que o tratamento pode ser dividido em três etapas. Na primeira que seria a crise aguda de vertigem trata-se os sintomas, que é o que realmente incomoda o indivíduo. Na segunda etapa, trata-se a causa do problema, e na terceira, trabalha-se na reabilitação do labirinto.
Dra. Rita de Cássia Cassou Guimarães (CRM 9009)
Otorrinolaringologista, otoneurologista, mestre em clínica cirúrgica pela UFPR

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