No próximo terça-feira (22) os trabalhadores da
unidade da Ford de Taubaté retornam das férias coletivas que entraram no dia 7(segunda-feira).
Foram 15 dias de suspense. Em assembleia realizada no
início deste mês os metalúrgicos aprovaram o lay-off e os “descansos forçados”. Mas, enquanto isso, o Sindicato dos
Metalúrgicos (SindMetau) tem mantido um estranho silêncio.
O presidente
da FEM e vice-presidente do SindMetau, Valmir
Marques da Silva, o Biro Biro, tem efetuado várias reuniões com a empresa para
evitar problemas maiores aos trabalhadores (mais férias coletivas; mais PDVs e
demissões). O clima é tenso. Biro Biro tem trabalhado duro nesse período. Tudo
tem sido mantido em absoluto sigilo. Ambos os lados, quietos.
O que está acontecendo com a Ford de Taubaté é um
reflexo dinâmico do que também vem ocorrendo em outras indústrias. A retração
econômico está agindo de maneira obscura
e catastrófica para os trabalhadores, gerando sequelas que talvez possam ser
revertidas a médio prazo. Não é um fato isolado como muitos ousam
raciocinar. Pois basta fazer uma
reflexão mais aprofundada que verificamos muitas causas.
Por exemplo,
a dinâmica do emprego industrial neste ano vai além
das demissões em ritmo mais intenso do que no ano passado. De janeiro a maio,
de acordo com dados do Ministério do Trabalho o número de funcionários em
"layoff" (suspensão temporária do contrato de trabalho) no setor já
ultrapassa o total acumulado em 2013. Nesse período, a quantidade de
requerimentos de bolsa-qualificação, benefício concedido ao funcionário
afastado, chegou a 7.514, contra 7.144 no ano passado.
O aumento elevou as previsões de gastos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) com a rubrica neste ano para R$ 52,5 milhões, quase o dobro do registrado no ano passado (R$ 33,8 milhões). Dados do portal da Transparência mostram que, até maio, o benefício já custou R$ 17,5 milhões, 33,5% do previsto no orçamento.
O bolsa-qualificação pode chegar atualmente a R$ 1.304,65 - valor do teto do seguro-desemprego. O funcionário pode ficar afastado por um período de dois a cinco meses e mantém direito a férias, 13º e participação nos resultados. Nos acordos fechados entre sindicatos e entidades patronais desde o início do ano, as empresas se comprometem a pagar a diferença entre o salário e a bolsa, para que os trabalhadores continuem recebendo a remuneração integral.
Com quedas sucessivas nas vendas e na produção, o setor automotivo é o principal afetado pela onda de "layoffs". No ABC paulista, onde se concentra grande número de montadoras e fábricas de autopeças, há atualmente 1.300 metalúrgicos com contratos de trabalho suspensos, de acordo com o sindicato da categoria. <br> <br>
A Volkswagen de São José dos Pinhais(PR) afastou 400 funcionários em junho e, há poucos dias, negociou a suspensão de contrato de outros 70 na unidade de São Carlos (SP). Segundo o sindicato dos metalúrgicos do município, houve também na região o afastamento de 120 funcionários da Electrolux e 40 da Smalte.
O grupo de 300 metalúrgicos que havia sido afastado entre fevereiro e maio pela Volkswagen, no Paraná, já retornou ao trabalho. Caso a produção não retome o ritmo até setembro, para quando está previsto a volta da segunda turma, o sindicato tentará negociar novos afastamentos temporários. A expectativa entre os trabalhadores, porém, é que as vendas do setor automotivo melhorem neste segundo semestre.
O "lay-off" é um bom arranjo de curto prazo para que as empresas contornem dificuldades temporárias. "Trata-se de uma saída de curto prazo para o setor que passa por algum problema específico, sofrendo o impacto de um ciclo econômico mais adverso. Se o problema, contudo, for estrutural o afastamento temporário perde o sentido.
O desembolso das empresas com os funcionários em "layoff" varia bastante. Em São Carlos, por exemplo, onde o salário médio dos metalúrgicos é de R$ 2,3 mil, a bolsa paga pela FAT cobre a maior parte dos custos. Na unidade da Volkswagen em São José dos Pinhais, o desembolso é maior, já que a remuneração média está mais próxima de R$ 3 mil. O salário médio da base dos metalúrgicos do ABC é de R$ 4,4 mil. <br> <br>
Recentemente o emprego no segmento automotivo foi uma das pautas da reunião do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC com o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini. Nada foi divulgado a respeito.
O aumento elevou as previsões de gastos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) com a rubrica neste ano para R$ 52,5 milhões, quase o dobro do registrado no ano passado (R$ 33,8 milhões). Dados do portal da Transparência mostram que, até maio, o benefício já custou R$ 17,5 milhões, 33,5% do previsto no orçamento.
O bolsa-qualificação pode chegar atualmente a R$ 1.304,65 - valor do teto do seguro-desemprego. O funcionário pode ficar afastado por um período de dois a cinco meses e mantém direito a férias, 13º e participação nos resultados. Nos acordos fechados entre sindicatos e entidades patronais desde o início do ano, as empresas se comprometem a pagar a diferença entre o salário e a bolsa, para que os trabalhadores continuem recebendo a remuneração integral.
Com quedas sucessivas nas vendas e na produção, o setor automotivo é o principal afetado pela onda de "layoffs". No ABC paulista, onde se concentra grande número de montadoras e fábricas de autopeças, há atualmente 1.300 metalúrgicos com contratos de trabalho suspensos, de acordo com o sindicato da categoria. <br> <br>
A Volkswagen de São José dos Pinhais(PR) afastou 400 funcionários em junho e, há poucos dias, negociou a suspensão de contrato de outros 70 na unidade de São Carlos (SP). Segundo o sindicato dos metalúrgicos do município, houve também na região o afastamento de 120 funcionários da Electrolux e 40 da Smalte.
O grupo de 300 metalúrgicos que havia sido afastado entre fevereiro e maio pela Volkswagen, no Paraná, já retornou ao trabalho. Caso a produção não retome o ritmo até setembro, para quando está previsto a volta da segunda turma, o sindicato tentará negociar novos afastamentos temporários. A expectativa entre os trabalhadores, porém, é que as vendas do setor automotivo melhorem neste segundo semestre.
O "lay-off" é um bom arranjo de curto prazo para que as empresas contornem dificuldades temporárias. "Trata-se de uma saída de curto prazo para o setor que passa por algum problema específico, sofrendo o impacto de um ciclo econômico mais adverso. Se o problema, contudo, for estrutural o afastamento temporário perde o sentido.
O desembolso das empresas com os funcionários em "layoff" varia bastante. Em São Carlos, por exemplo, onde o salário médio dos metalúrgicos é de R$ 2,3 mil, a bolsa paga pela FAT cobre a maior parte dos custos. Na unidade da Volkswagen em São José dos Pinhais, o desembolso é maior, já que a remuneração média está mais próxima de R$ 3 mil. O salário médio da base dos metalúrgicos do ABC é de R$ 4,4 mil. <br> <br>
Recentemente o emprego no segmento automotivo foi uma das pautas da reunião do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC com o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini. Nada foi divulgado a respeito.
Atualmente,
a fábrica da Ford em Taubaté emprega cerca de 1.800 pessoas.
A unidade produz motores, transmissão (câmbio) e faz fundição e usinagem de peças para a planta da montadora no Estado da Bahia.
Desde dezembro do ano passado, a Ford já concedeu três férias coletivas e outros 15 dias de licença por conta de acúmulo de banco de horas na unidade.
A unidade produz motores, transmissão (câmbio) e faz fundição e usinagem de peças para a planta da montadora no Estado da Bahia.
Desde dezembro do ano passado, a Ford já concedeu três férias coletivas e outros 15 dias de licença por conta de acúmulo de banco de horas na unidade.
Neste novo
retorno a jornada de trabalho será reduzida de 42 horas para 33 horas semanais.
Mais de
200 trabalhadores já aderiram ao PDV DA FORD.
E vc não falou da VW, o facão correu solto.
ResponderExcluir