Os juizados do torcedor e dos aeroportos, montados para oferecer atendimento especial durante a Copa do Mundo 2014, receberam 1.851 demandas, durante os dias 5 a 24 de junho. Desse total, 97,1% foram solicitações geradas nos juizados dos aeroportos nos 12 estados que recebem os jogos da Copa. Conflitos dentro dos estádios produziram 53 atendimentos, em 12 arenas. Grande parte deles tratou de brigas, tumulto, dano ao bem público, desacato à autoridade e invasão de áreas restritas.
Só o Tribunal de Justiça de São Paulo registrou 456 atendimentos nos juizados dos aeroportos, o que representou 25,3% de todas as demandas requeridas em função de problemas ocorridos em aeroportos. O segundo estado onde houve o maior número de atendimentos foi Pernambuco, com 249 registros de problemas. Em terceiro lugar, veio o do Rio de Janeiro, onde os juizados de aeroportos registraram 191 demandas. O menor número de conflitos em aeroportos ocorreu no Rio Grande do Norte, com 17 atendimentos.
Os juizados dos aeroportos recebem reclamações contra as companhias aéreas relativas à falta de informação e assistência, atrasos e cancelamentos de vôos, extravio, violação e furto de bagagem, queixas relacionadas a overbooking, além de questões envolvendo as varas da infância e da juventude.
Em Recife/PE, o juizado especial do Aeroporto Internacional registrou reclamações relativas à retificação de nome no bilhete aéreo, atraso e cancelamento de vôos, extravio de bagagem e falta de atendimento. Até o dia 15 de junho, o juizado desse aeroporto havia registrado 42 atendimentos.
Dentro dos estádios - Em relação aos juizados do torcedor, o maior número de conflitos ocorreu em Fortaleza/CE, com 19 demandas. O Rio de Janeiro/RJ ficou em segundo lugar, com 10 casos atendidos dentro do estádio. Em Natal/RN e Porto Alegre/RS, não houve nenhuma ocorrência registrada.
A instalação dos juizados especiais do torcedor e dos aeroportos foi iniciativa articulada pelo Fórum da Copa, presidido pelo conselheiro Paulo Teixeira, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Essa estrutura conta com a participação dos tribunais de Justiça dos doze estados sede dos jogos do mundial de futebol. O atendimento especial tem o objetivo de oferecer aos torcedores soluções rápidas para as demandas ocorridas durante o evento. Estão sendo atendidas demandas nas esferas criminais, de competência das varas da infância e relativas aos consumidores.
Tumulto – Em Fortaleza/CE, durante o jogo entre Alemanha e Gana, no último dia 21, na Arena Castelão, um alemão foi autuado por dano ao bem público, depois de ter danificado cadeiras no estádio. No mesmo dia, foram registrados casos de furtos de documentos, ingressos e dinheiro na Arena.
Também em Fortaleza, no jogo do último dia 17, entre o Brasil e o México, o juizado especial autuou dois torcedores mexicanos por desacato a autoridade. Um deles atirou um copo de cerveja no rosto do delegado da Polícia Civil e o agrediu verbalmente. O policial havia sido chamado por torcedores que reclamavam do comportamento do mexicano, que causava tumulto e atrapalhava os demais torcedores durante a partida.
No jogo entre a Argentina e a Bósnia, ocorrido no último dia 15, no estádio do Maracanã, Rio de Janeiro/RJ, o juizado do torcedor montado no local atuou em conflitos envolvendo 10 argentinos. Três deles pularam o muro para entrar no estádio, um invadiu o campo e os outros seis foram flagrados enquanto pulavam uma das roletas instaladas próxima à rampa de acesso à arquibancada.
Em Mato Grosso, no jogo ocorrido entre Rússia e Coréia do Sul, no dia 17, dois brasileiros brigaram nas imediações de restrição da Fifa e foram encaminhados ao juizado especial itinerante estacionado de fora da Arena Pantanal.
As ocorrências foram registradas nos estados do Rio de Janeiro, Mato Grosso, Paraná, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Amazonas, Rio Grande do Sul, Bahia, São Paulo, Pernambuco, Ceará e o Distrito Federal.
Veja aqui os números de atendimento.
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