O sistema auditivo nunca descansa, não existe uma forma de desligá-lo. Todos os dias as pessoas são expostas a uma diversidade muito grande de sons, isso significa que a audição trabalha de modo muito detalhista, para processar e atribuir sentido às informações recebidas constantemente.
A habilidade de ouvir é parte integral da vida de qualquer um e muitas pessoas não se dão conta disso. Ninguém pensa no quanto esse sentido é importante e que, se não tomados os devidos cuidados, ele pode ser prejudicado e até ser perdido permanentemente. Ao mesmo tempo em que a perda auditiva é uma deficiência que pode ser prevenida de maneira simples, ela também é uma das queixas mais comuns da população - Segundo censo realizado pelo IBGE em 2010, cerca de 9,7 milhões de brasileiros declararam ter alguma deficiência auditiva, o que equivale a 5,1% da população do Brasil.
Para evitar os problemas de audição, é preciso que cada um esteja atento a sua própria capacidade de ouvir, e que, caso perceba algum acontecimento diferente, procure um médico. A Dra. Rita de Cássia Cassou Guimarães, otorrinolaringologista, de Curitiba PR, comenta que qualquer modificação na sensibilidade da percepção auditiva pode provocar desde consequências sociais até psicológicas. “Uma perda auditiva não tratada diminui de maneira expressiva a qualidade de vida da pessoa que a possui”, explica a especialista.
Segundo estudo realizado pelo Conselho Nacional do Envelhecimento (NCOA/EUA1999) foi concluído que pessoas que possuem uma dificuldade auditiva e que não tiveram acesso aos recursos para diminuir as dificuldades impostas pela privação do ouvir bem foram mais propensas a desenvolver depressão, ansiedade e agitação quando comparadas ao grupo de pessoas com a mesma dificuldade, mas que procuraram auxílio. Esse mesmo estudo demonstrou uma grande melhora na qualidade de vida das pessoas que buscaram ajuda, refletindo nas relações familiares, melhora da auto-estima, maior independência e autoconfiança. “É preciso que a pessoa afetada pelos problemas auditivos tenha informação sobre o que acontece com ela, só assim ela fica mais tranquila e descobre como lidar com essa questão”, ressalta Rita.
Sintomas da perda de audição
Ouvir constantemente zumbidos, aumentar o volume da TV e do rádio e dizer “Hein!?”, “Hã?!” e “O quê?!” durante conversas normais e em ambientes pouco ruidosos são alguns dos sintomas mais comuns de quem sofre com a perda de audição. “Muitas pessoas escutam, mas não entendem as conversas pela diminuição da audição e da capacidade cerebral de processar os diversos sons e interpretá-los . Estes sintomas precisam de atenção.
Além da sensação de mal-estar, pessoas que possuem uma perda de audição podem apresentar sintomas de dificuldade de concentração, fadiga e cansaço, dores de cabeça, tontura, estresse e até problemas com o sono.
É preciso lembrar também que os efeitos da perda auditiva não estão limitados somente às pessoas que sofrem com o problema. “A família e demais pessoas próximas são diretamente afetadas quando envolvidas com alguém que começa a apresentar sintomas de perda de audição. Dificuldade na comunicação, falta de compreensão e a frequente necessidade de pedir para repetir o que foi dito pode ser frustrante para qualquer pessoa envolvida”, explica Rita, que diz que, para isso, as pessoas próximas podem tomar várias atitudes simples para tornar a comunicação mais fácil. “O primeiro passo para facilitar a comunicação com o deficiente auditivo é falar pausadamente, não gritar, de preferência de frente para que ele possa observar nossas expressões faciais que ajudam a compreensão do que está sendo dito. Embora ela possa ouvir o que você diz o recurso da leitura facial ajuda no entendimento da fala”, ressalta.
É preciso lembrar também que os efeitos da perda auditiva não estão limitados somente às pessoas que sofrem com o problema. “A família e demais pessoas próximas são diretamente afetadas quando envolvidas com alguém que começa a apresentar sintomas de perda de audição. Dificuldade na comunicação, falta de compreensão e a frequente necessidade de pedir para repetir o que foi dito pode ser frustrante para qualquer pessoa envolvida”, explica Rita, que diz que, para isso, as pessoas próximas podem tomar várias atitudes simples para tornar a comunicação mais fácil. “O primeiro passo para facilitar a comunicação com o deficiente auditivo é falar pausadamente, não gritar, de preferência de frente para que ele possa observar nossas expressões faciais que ajudam a compreensão do que está sendo dito. Embora ela possa ouvir o que você diz o recurso da leitura facial ajuda no entendimento da fala”, ressalta.
Outras situações que tornam a comunicação mais difícil é o fato do ruído ambiental, que compete com os sons da fala e torna a sua compreensão ainda mais difícil. A especialista lembra que, quando a perda auditiva atinge os idosos, ela colabora para o isolamento social podendo fazer parte de um quadro depressivo. Para isso, além de avaliar os aspectos emocionais afetivos é preciso realizar o teste auditivo e o uso de aparelhos auditivos contribui para uma melhor evolução do quadro emocional e da qualidade de vida do idoso.
Dra. Rita de Cássia Cassou Guimarães (CRM 9009)
Otorrinolaringologista, otoneurologista, mestre em clínica cirúrgica pela UFPR
Blog: http://canaldoouvido.blogspot.com
Email: ritaguimaraescwb@gmail.com
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