Em ofício encaminhado à Câmara de Taubaté, a Volkswagen afirmou que a ação grevista iniciada pelos trabalhadores não colabora para a solução do cenário de crise por que passa a indústria no Brasil e que continua aberta ao diálogo para buscar alternativas que verdadeiramente atinjam o equilíbrio necessário para a unidade.
A presença de representantes da Volks, Ford, Alstom e LG estava prevista na sessão de segunda-feira, 24, após envio de ofício pelo presidente da Casa, Rodrigo Luis Silva “Digão” (PSDB), convidando as empresas para se manifestarem sobre a crise e as demissões. Nenhum representante compareceu, e apenas a Volks se justificou.
No documento assinado pelo representante de assuntos governamentais da Volks, Antonio Megale, a montadora “pede licença” para declinar do convite, “em razão da greve atualmente em curso na unidade e também da audiência de conciliação agendada para dia 25, no Tribunal Regional do Trabalho”, e se compromete a atender a demanda dessa Câmara “oportunamente”.
“Como é sabido, o mercado de veículos enfrenta uma forte retração, iniciada em 2014, e que vem se aprofundando nos últimos meses, gerando uma capacidade ociosa de cerca de 50% em relação à capacidade instalada. Para fazer frente a esse cenário e equilibrar a situação da fábrica, fez-se necessário adotar medidas de ajuste, como férias coletivas, lay off, as quais não são suficientes”, registra o documento.
“Por esta razão, a empresa procurou o Sindicato dos Trabalhadores para negociar alternativas. Este processo iniciou-se há quatro meses, a empresa chegou a uma alternativa consistente para adequação de efetivo e custos de forma equilibrada e sustentável, mas infelizmente foi rejeitada pelo Sindicato, sem apresentação de alternativa suficiente por parte da entidade sindical”, continua.
“Ainda assim, a Volkswagen do Brasil continua aberta ao diálogo para buscar alternativas que verdadeiramente atinjam o equilíbrio necessário para a unidade”, pontua o documento da Volks, informando que um comunicado foi publicado na imprensa para esclarecimentos à comunidade taubateana.
A tribuna livre da sessão dia 31 estará aberta ao Sindicato dos Metalúrgicos para tratar da crise e das demissões. O presidente da Câmara irá oficiar a instituição para que envie representante.
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