quinta-feira, 21 de maio de 2015

Vereadores aprovam doação de área que pretende gerar 180 empregos em Taubaté

A doação de área à empresa Simi Manutenção de Elevadores, aprovada pela Câmara de Taubaté dia 19, deverá promover a geração de 180 empregos. O projeto do Executivo destina 10.118,19 m² no distrito industrial do Piracangaguá para um investimento de R$ 30 milhões.
A proposta foi apreciada em primeira votação e deveria passar por segunda em sessão extraordinária convocada pelo presidente da Casa, Rodrigo Luis Silva “Digão” (PSDB) no mesmo dia, mas a segunda votação foi adiada a pedido de Carlos Peixoto (PMDB).
Jeferson Campos (PV) defendeu a doação de área “no momento crítico da economia brasileira”. “É uma forma de a Câmara contribuir com o desenvolvimento do município. A vinda da indústria vai gerar emprego e renda.” Ele destacou a posição estratégica de Taubaté e a existência de mão de obra qualificada no município.
Contrário ao projeto, Salvador Soares (PT) se declarou favorável à busca de políticas públicas para fomentar a economia, mas ponderou que Taubaté tem “uma prática corriqueira de doar bens públicos para privados”. Manifestou preocupação com a isenção de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e ISS (Imposto Sobre Serviços) concedida pelo projeto à empresa. “O município vive de receitas básicas, das quais impostos fazem parte. As concessões acabam onerando o munícipe.”
Joffre Neto (PSB) considerou a necessidade de tornar mais transparente o processo de doação de área, pontuando que uma audiência pública agendada para quarta-feira, 20, por sua iniciativa, discutiria a política de doações de área do município. Afirmou que os números do projeto, referentes à geração de empregos e investimentos, são favoráveis. “Só não concordo com uma isenção fiscal deste tamanho”, ponderou.
Luizinho da Farmácia (PROS) destacou o Proinde (Programa Ostensivo de Incentivo ao Desenvolvimento Econômico), pontuando que foi aprimorado pelos vereadores. “Hoje o empresário tem um cronograma a cumprir. Se não cumpre, vamos ter que retroagir o terreno para a cidade. Vamos dar isenção de IPTU e ISS, mas tem ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços), e emprego que é o mais importante, pois vai gerar renda.”
Douglas Carbonne (PCdoB) avaliou que é preciso diversificar o ramo de atuação das empresas que se estabelecem na cidade, para garantir empregos. Defendeu que as empresas de Taubaté sejam protegidas por políticas municipais, para que possam ter garantia de sobrevivência em um mercado mundial competitivo. Sugeriu que vereadores fiscalizem aquelas que recebem incentivos para conferir se estão sendo cumpridas regras como 70% de empregos para taubateanos.
Vera Saba (PT) apontou a falta de documentação da empresa no projeto, como cronograma de obras e balancetes dos três últimos anos- consta no documento somente o de 2013. “Sou favorável a doações de área que gerem compromissos com taubateanos. Voto contrário por conta da ausência de cumprimento de requisitos.”
José de Angelis “Bilili” (PSDB) ressaltou o nome da empresa que, segundo ele, “todos já ouviram falar”. “Estamos debatendo um nome de mercado muito grande. Quantas vezes vimos nos elevadores essa marca! Isso sim vai trazer emprego”, afirmou.


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