sábado, 31 de maio de 2014

Taubaté: Defensoria Pública de SP obtém no TJ-SP decisão que condena Município, Roberto peixoto e imobiliária a indenizar moradores por desabamento


A Defensoria Pública de SP obteve no Tribunal de Justiça (TJ-SP) uma decisão que condena o Município de Taubaté, a empresa Rocamar Comercial e Imobiliária Ltda. e o engenheiro e ex-prefeito Roberto Pereira Peixoto a indenizar dois moradores de uma casa que desmoronou devido a problemas de estrutura do terreno, da fiscalização e da construção do imóvel.

Após votação unânime no dia 26/5, a 7ª Câmara de Direito Público do TJ-SP determinou o pagamento de R$ 80 mil por danos materiais e R$ 45 mil por danos morais, acrescidos de juros e correção monetária. A decisão reformou sentença de primeiro grau e incluiu ao lado da prefeitura o engenheiro e a empresa Rocamar como responsáveis pelos danos, atendendo a recurso de apelação formulado pelo Defensor Público Wagner Giron de La Torre.

Conforme consta no processo, a feirante e o ex-companheiro compraram em 1993 um lote no bairro Campos Elíseos. No ano seguinte, Roberto Peixoto, então vereador, elaborou gratuitamente um projeto de casa popular para os hoje idosos, que foi edificada por eles próprios com ajuda de pedreiros e vizinhos. Em 2007, a residência passou a apresentar sinais de que ruiria, e em 2009, com a casa já em situação insustentável, a mulher procurou a Defensoria, segundo Wagner Giron.

De acordo com o Defensor, o imóvel foi construído em terreno sem qualquer infraestrutura, como canais de vazão de águas de chuva (como bueiros e calhas), e à beira de barranco, com declividade superior à permitida pela Lei nº 6.766/79, que dispõe sobre parcelamento do solo urbano.

Decisão

A decisão reconheceu a responsabilidade do município, considerando a falta de vistoria no local antes da aprovação do projeto e o fato de não constar a existência de alvará de licença para construir. Porém, mesmo sem fiscalização, a prefeitura sabia da existência do imóvel por tê-lo cadastrado para tributação, mas não verificou se havia condições de uso, a regularidade do solo, do padrão e da forma de construção, assim como não observou se seguia as posturas municipais nem o memorial descritivo apresentado por Roberto Peixoto – que, segundo a decisão, não refletia a realidade.

A Defensoria Pública argumentou que o projeto de Peixoto se direcionava à construção em um terreno com grande inclinação e sem infraestrutura pluvial, mas o pedido administrativo de aprovação de planta e projeto da casa afiançava que o lote se localizava no outro lado da rua. Além disso, o engenheiro deveria ter orientado os moradores sobre o perigo apresentado pela alta declividade, disse Giron.

Assim, o TJ-SP reconheceu a responsabilidade de Roberto Peixoto, por ter elaborado o projeto da obra e não ter acompanhado a sua execução. A empresa Rocamar também foi responsabilizada, já que atuou como intermediária na venda do terreno, que, todavia não se prestou ao uso a que era destinado.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Comitê Mundial dos Trabalhadores da Volkswagen e ONG terre des hommes – Alemanha apoiam doação de maratonista à Fundação Cafu

  • Maratona do escocês John McGurk arrecadou 80 mil Euros, que serão aplicados em projetos sociais
  • Projetos beneficiados têm apoio do programa “A Chance to Play – O Direito de Brincar”
  • Comitê Mundial dos Trabalhadores da Volkswagen e ONG terre des hommes – Alemanha promovem “A Chance to Play” no Brasil, com apoio da Volkswagen

O Comitê Mundial dos Trabalhadores da Volkswagen e a ONG terre des hommes – Alemanha, que promovem no Brasil o programa social “A Chance to Play – O Direito de Brincar” com suporte da Volkswagen, apoiam a Corrida da Solidariedade realizada pelo maratonista escocês John McGurk. A maratona internacional arrecadou 80 mil Euros, que foram doados hoje (30/5) à Fundação Cafu, uma entidade sem fins lucrativos fundada no Jardim Irene/Capão Redondo, em São Paulo, por Cafu, ex-jogador de futebol e embaixador da marca Volkswagen, com objetivo de combater a desigualdade social.
A entrega simbólica do cheque foi realizada por John McGurk durante evento no Centro de Treinamento da Volkswagen em São Paulo. “Em 2010, eu tive o primeiro contato com o programa ‘A Chance to Play – O Direito de Brincar’ e comecei essa parceria que nos trouxe hoje aqui para o Brasil. Faço corridas de longa duração há 23 anos angariando fundos para entidades que ajudam crianças. Mais de 1 milhão de Euros já foram arrecadados e doados. Para essa doação agora, de 80 mil Euros, foram dois anos de dedicação e mais de 500 quilômetros percorridos. A Fundação Cafu foi a escolha certa. Quando visitei a Fundação Cafu e vi o trabalho com as crianças do Jardim Irene, isso me impulsionou  já que a organização da qual faço parte na Alemanha, a ‘Sportler 4 a Childrens World’ (Esportistas para o Mundo das Crianças), também tem como foco o trabalho com crianças por meio do esporte”, afirmou John McGurk.
Ao receber a doação, o ex-jogador e embaixador da marca Volkswagen Cafu declarou: “Angariar fundos é muito difícil e esse valor vai nos ajudar a dar sequência aos programas da Fundação Cafu que já existem há dez anos. São mais de 750 crianças assistidas pelo projeto”.
O evento também contou com a presença do vice-presidente do Comitê Mundial dos Trabalhadores da Volkswagen, Valdir Freire Dias, o Chalita. “Ficamos muitos felizes com essa doação. O Cafu é um exemplo de caráter. O eterno capitão de nossa Seleção Brasileira se une a outro esportista em prol da solidariedade e do A Chance to Play – O Direito de Brincar”.
“A doação do maratonista John McGurk à Fundação Cafu é de fundamental importância para o desenvolvimento de projetos sociais ligados ao programa ‘A Chance to Play – O Direito de Brincar’ que têm o objetivo de promover a cidadania e uma cultura de paz, fazendo valer o direito de brincar. A doação internacional  também confirma o prestígio que o programa ‘A Chance to Play – O Direito de Brincar’ conquistou em nível mundial”, afirmou Tuto Wehrle, coordenador do programa “A Chance to Play – O Direito de Brincar” e da ONG terre des hommes – Alemanha.
Corrida teve início em fábrica da Volkswagen na Alemanha e segue até a Fundação Cafu
A corrida foi iniciada por John McGurk, acompanhado de outros cinco atletas, na fábrica da Volkswagen na cidade de Osnabrück, na Alemanha; uma vez que parte das doações foi angariada junto a colaboradores da empresa. De lá, os seis atletas correram até Frankfurt. Após o trecho aéreo, os maratonistas estão concluindo na tarde de hoje (30/5) a Corrida da Solidariedade pelas ruas de São Paulo até a Fundação Cafu. Na instituição, eles serão recebidos por representantes de projetos sociais promovidos pelo “A Chance to Play – O Direito de Brincar” e também por crianças e adolescentes atendidos pelo programa.
O maratonista conseguiu arrecadar o valor por meio de seu programa “Sportler 4 a Childrens World” (Esportistas para o Mundo das Crianças). A doação será utilizada em iniciativas sociais da Fundação Cafu ligadas ao programa “A Chance to Play – O Direito de Brincar”. Desde 2013, a Fundação Cafu conta com o apoio do “A Chance to Play – O Direito de Brincar” para promover oficinas de futebol socioeducativas.

“A Chance to Play – O Direito de Brincar” beneficiará 60 mil crianças e adolescentes no Brasil

O programa “A Chance to Play – O Direito de Brincar”, promovido pelo Comitê Mundial dos Trabalhadores da Volkswagen e pela ONG terre des hommes – Alemanha, com apoio da Volkswagen, beneficiará cerca de 60 mil crianças e adolescentes no Brasil por meio de 12 projetos sociais que já estão sendo desenvolvidos no entorno das quatro fábricas da Volkswagen no País: São Bernardo do Campo (SP), São Carlos (SP - fábrica de motores), Taubaté (SP) e São José dos Pinhais (PR). Os 12 projetos sociais utilizam o futebol e o ato de brincar como ferramentas de transformação social para promover educação, cidadania e uma cultura de paz. O programa lançou também o “Guia Prático para Criar Oportunidades Lúdicas e Efetivar o Direito de Brincar”, que está disponível gratuitamente na internet (www.a-chance-to-play.de/home/actp-brasil/o-guia-do-brincar.html).

Lançado no Brasil em janeiro de 2013, o “A Chance to Play – O Direito de Brincar” já beneficiou 23 mil crianças e adolescentes, que seguem participando dos 12 projetos sociais. O programa também capacitou 95 ONGs e 840 educadores, com apoio da Fundação Volkswagen – que coordena os investimentos sociais da Volkswagen do Brasil há 34 anos, oferecendo projetos Educacionais e de Desenvolvimento Social –  e do Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária) ao promover cursos, workshops, seminários e uma conferência. A capacitação sensibilizou os participantes sobre a importância do ‘direito de brincar’ e divulgou o uso de brincadeiras educativas como forma de promover a cidadania e a cultura de paz.

Esta é a segunda vez que o programa “A Chance to Play – O Direito de Brincar” é realizado; a primeira foi em 2010, na África do Sul, onde beneficiou cerca de 40 mil crianças e adolescentes.

Campanhas de empregados da Volkswagen patrocinam o programa

O programa “A Chance to Play – O Direito de Brincar” é patrocinado pelo Comitê Mundial dos Trabalhadores da Volkswagen por meio de doações voluntárias dos empregados, realizadas em nível global. As arrecadações são feitas por campanhas internas promovidas pelos próprios empregados, como o programa mundial “Uma Hora para o Futuro”, por meio do qual os trabalhadores doam o valor equivalente a uma hora de trabalho no ano em favor de projetos sociais. Com isso, os trabalhadores da Volkswagen expressam sua participação solidária na luta pelos direitos da criança e do adolescente.

Parcerias firmadas

Para viabilizar seus 12 projetos sociais no entorno das quatro fábricas da Volkswagen do Brasil, o programa “A Chance to Play – O Direito de Brincar” firmou parcerias com organizações que já eram reconhecidas por desenvolver trabalhos com crianças e adolescentes. O objetivo do “A Chance to Play” é oferecer condições para que essas entidades parceiras deem continuidade, permanentemente, aos projetos sociais iniciados em 2013, inclusive consolidando redes locais e influenciando políticas públicas. As entidades parceiras figuram entre as 95 ONGs que foram capacitadas com apoio da Fundação Volkswagen e do Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária).

Programa promoverá Mundial de Futebol de Rua no Brasil

O programa “A Chance to Play – O Direito de Brincar” promoverá o Mundial de Futebol de Rua no Brasil, de 1º a 12 de julho, em São Paulo (SP). O campeonato terá participação de ao menos 20 países e divulgará a metodologia socioeducativa do “Futebol de Rua”, que utiliza o esporte como ferramenta educativa e de promoção de uma cultura de paz.

O “Futebol de Rua” é um dos projetos que estão sendo promovidos pelo “A Chance to Play – O Direito de Brincar” no entorno das quatro fábricas da Volkswagen do Brasil. Para viabilizar o projeto, o “A Chance to Play” firmou parcerias com a instituição argentina Fundação Futebol e Desenvolvimento (FuDe), que é referência para a metodologia sociopedagógica do “Futebol de Rua”, e a ONG paulistana Ação Educativa. O Mundial de Futebol de Rua no Brasil conta com apoio da Prefeitura de São Paulo. Mais informações: www.mundialfutebolderua.org
Para informações sobre a Volkswagen do Brasil, acesse: www.imprensavw.com.br





Da esq. para a dir.: Valdir Freire Dias, o Chalita (vice-presidente do Comitê Mundial dos Trabalhadores da Volkswagen); Cafu (ex-jogador e embaixador da Volkswagen); o maratonista que fez a doação de 80 mil Euros John McGurk e Tuto Wehrle (coordenador do programa "A Chance to Play - O Direito de Brincar" e da ONG terre des hommes - Alemanha) durante a entrega do cheque à Fundação Cafu





O maratonista escocês John McGurk (7º da esq. para a dir.) entrega cheque de 80 mil Euros à Fundação Cafu, fundada pelo ex-jogador de futebol e embaixador da Volkswagen Cafu (3º da esq. para a dir.); evento contou com representantes do Comitê Mundial dos Trabalhadores da Volkswagen, da ONG terre des hommes e outros atletas





O maratonista escocês John McGurk (7º da esq. para a dir.) entrega cheque de 80 mil Euros à Fundação Cafu, fundada pelo ex-jogador de futebol e embaixador da Volkswagen Cafu (6º da esq. para a dir.); evento contou com representantes do Comitê Mundial dos Trabalhadores da Volkswagen, da ONG terre des hommes e outros atletas




quinta-feira, 29 de maio de 2014

Conselho comunicará tribunais sobre obrigatoriedade da aplicação de verbas em formação e aperfeiçoamento de servidores

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vai encaminhar aos tribunais ofício com cópia da Resolução CNJ nº 192, de 8 de maio de 2014, que instituiu a Política Nacional de Formação e Aperfeiçoamento dos Servidores do Poder Judiciário. O ofício destacará a necessidade de cumprimento imediato do artigo 20 da resolução e de seu parágrafo único, que determinam a destinação de recursos orçamentários para formação e aperfeiçoamento de servidores.
O ofício será encaminhado pelo conselheiro Guilherme Calmon, presidente da Comissão Permanente de Eficiência Operacional e Gestão de Pessoas do CNJ. A decisão de fazer a comunicação aos tribunais foi tomada na última reunião da comissão, realizada no dia 20 de maio.
Segundo a  Resolução 192, apenas o artigo 20 e seu parágrafo único devem ser cumpridos imediatamente a partir da publicação da norma, ocorrida no dia 9 de maio. Os demais tópicos da resolução, por sua vez, entrarão em vigor 90 dias após a publicação.
Diz o caput do artigo 20: “Os órgãos do Poder Judiciário deverão destinar recursos orçamentários para realização das ações de formação e aperfeiçoamento de servidores, compatíveis com as suas necessidades, considerando o seu planejamento anual”. Já o parágrafo único prevê que “os recursos orçamentários de que trata o caput devem ser identificados na proposta orçamentária do Tribunal”.
Durante a reunião da comissão permanente, o conselheiro Guilherme Calmon destacou que a Resolução CNJ nº 192 “é um divisor de águas no tocante à Gestão de Pessoas no Poder Judiciário”. A reunião contou também com a participação dos conselheiros Flavio Sirangelo, Saulo Casali Bahia, Rubens Curado e Paulo Teixeira; da secretária de Gestão de Pessoas do CNJ, Selma Vera Cruz Mazzaro; do chefe do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Servidores do Poder Judiciário (CEAJud), Diogo Albuquerque; e de Fábio Costa, assessor do conselheiro Guilherme Calmon.
A Resolução 192 foi aprovada, por unanimidade, durante a 188ª Sessão Ordinária do CNJ, realizada no dia 6 de maio. A norma tem o objetivo de harmonizar as práticas e investimentos destinados à qualificação profissional dos servidores para, dessa forma, contribuir com a melhoria da qualidade dos serviços prestados pelo Judiciário.
“O CNJ consolida sua posição institucional com a aprovação da Política Nacional de Formação e Aperfeiçoamento dos Servidores do Poder Judiciário, pois estabelece o marco regulatório do tema referente à capacitação dos servidores do Poder Judiciário, qualificando-os cada vez mais com a produção e disseminação de conhecimentos e competências”, afirmou o conselheiro Guilherme Calmon logo após a aprovação da resolução.
Pela norma do CNJ, a formação e o aperfeiçoamento técnico dos servidores deverão ser permanentes. Além disso, as ações serão conduzidas, preferencialmente, pelos próprios magistrados e servidores na condição de instrutores internos.

A edição da Resolução 192 resulta das atividades de grupo de trabalho encarregado pelo CNJ de discutir a temática com o Conselho da Justiça Federal (CJF), o Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), o Superior Tribunal Militar (STM), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e os tribunais regionais eleitorais.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Imposto: simples ou complexo?

Por Airton Cicchetto

Uma grande oportunidade pode estar surgindo, mas infelizmente, ao que parece, o Imposto Único não vai mesmo emplacar no Brasil. Sabidamente precisamos sair deste sistema tributário megacomplexo, remendado, ultrapassado, benéfico a uns poucos e tremendamente nocivo à maior parte da sociedade, principalmente aos mais pobres.

Implementar um sistema simples e eficiente de tributação, justo para todos os brasileiros e ainda capaz de melhorar a competitividade das empresas e do país seria possível e, de certa forma, até seria simples, mas a julgar pelas propostas apresentadas vamos continuar com um modelo complexo, sonegável, sujeito a distorções, e portanto, injusto. Será lamentável!

A reforma tributária voltou à agenda. Na última semana o jornal O Estado de São Paulo e a Agência Estado reuniram especialistas para discussão do assunto nos “Fóruns Estadão Brasil Competitivo”. A julgar pela reportagem publicada na última sexta-feira, conclui-se que grande parte do evento foi para falar da situação, com críticas ao sistema atual. Os especialistas listaram mais de uma dezena de mazelas de nosso atual sistema tributário.

Os já historicamente conhecidos problemas, foram mais uma vez apontados: o sistema é complexo, contém distorções, é anacrônico, obsoleto, penaliza as empresas, prejudica sua competitividade e capacidade de exportação, segura o crescimento do país e, pior, penaliza mais e injustamente os mais pobres. E o que faremos? Vamos aprimorar o sistema obsoleto ou inovar?

Nosso sistema atual data de 1965, e ao longo destes quase 50 anos nossas melhores cabeças foram capazes de negociar, costurar e produzir um verdadeiro monstro complexo que contém mais de 120 mil normas, entre artigos, parágrafos, incisos e alíneas, que para ser compilado precisou de um livro com mais de 42 mil páginas. Agora que o país se prepara para eleger novos governantes o assunto volta à agenda e poderia ser um momento oportuníssimo para implantação de um sistema simples e moderno.

O moderno seria o Imposto Único, incidente sobre as transações financeiras que como se sabe teria as seguintes vantagens: reduziria a carga tributária para um percentual de um dígito (hoje paga-se 36% do PIB), manteria os mesmos níveis de arrecadação, promoveria justiça tributária - pois os que ganham mais pagariam mais e menos os que ganham menos - simplificaria o sistema de arrecadação, aumentaria a competitividade das empresas e do país, entre outras vantagens.

O sistema de Imposto Único de criação do eminente professor Marcos Cintra tem o aval de expoentes nacionais como o iluminado senador Roberto Campos, o jurista Ives Gandra da Silva Martins, e ex-ministro Delfim Netto, o jornalista Alexandre Garcia, entre outros.

Curiosamente as associações que representam o comércio e a indústria nacional concordam na proposição de implementação de um Imposto de Valor Agregado (IVA), já utilizado por inúmeros países, que taxa produtos e serviços, portanto, promove a injustiça tributária em seu princípio básico, dá margem a corrupção fiscal e, diga-se ainda, tem eficiência criticada e questionada em diversas praças.

As perguntas que ficam, então, são: Por que insistir no complexo e ineficiente? Por que não adotar o simples e eficiente? Por que não o Imposto Único? Com a palavra os especialistas e associações reunidos pelo Fórum Estadão Brasil Competitivo.

Airton Cicchetto é engenheiro, mestre em administração de empresas e idealizador do modelo SCG - Simples Complexo Gerencial - Simplificando a Gestão.    

terça-feira, 27 de maio de 2014

Mantida decisão do TJDFT que permitiu a titular de cartório estatizado fazer nova opção de serventia

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) manteve, na 189ª sessão, realizada na última semana, decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) que concedeu a Mc Arthur Di Andrade Camargo o direito de fazer nova opção por uma das serventias atualmente vagas no Distrito Federal.
Aprovado no concurso público realizado em 2000, Mc Arthur Di Andrade Camargo optou pelo Cartório de Registro de Distribuição do Distrito Federal. Em seguida, sobrevieram duas decisões. A primeira, do CNJ, reconheceu o erro do TJDFT ao delegar serviço que não poderia ser estatizado. Contudo, em respeito ao direito adquirido, decidiu manter Mc Arthur à frente da serventia até sua vacância. A segunda, proferida pelo TCU, determinou a estatização imediata do serviço.
Para compatibilizar as decisões do CNJ e do TCU e preservar o direito conquistado pelo titular da delegação mediante concurso público, o TJDFT optou então por permitir que Mc Arthur Di Andrade Camargo fizesse nova opção de serventia, entre as serventias vagas. Com isso, Mc Arthur Di Andrade Camargo, classificado em segundo lugar no concurso de 2000, optou pelo Primeiro Ofício de Notas e Protesto de Títulos de Brasília.
Para a Associação Nacional de Defesa dos Concursos para Cartórios (ANDECC), que questionava o ato do TJDFT, a escolha deveria ser feita apenas entre as serventias disponibilizadas no concurso de 2000 que estivessem atualmente vagas ou deveria ser reaberto o processo de escolha entre todos os aprovados no concurso público realizado em 2000.
No julgamento realizado da sessão do dia 19 de maio, o CNJ reconheceu a legalidade da decisão do TJDFT que oportunizou o direito de escolha do Cartório do 1º Ofício de Notas e Protesto de Títulos de Brasília a Mc Arthur e determinou a exclusão dessa serventia do concurso público vigente, cujo edital foi publicado em dezembro de 2013.
Para o conselheiro Saulo Casali Bahia, relator do Procedimento de Controle Administrativo 0002446-49.2013.2.00.000 e do Pedido de Providências 0001350-44.2014.2.00.0000, o TJDFT atendeu aos órgãos de controle interno e externo ao oferecer o Primeiro Ofício de Notas e Protesto de Títulos de Brasília que, apesar de ter receita líquida inferior à serventia atualmente ocupada, foi o cartório escolhido pelo interessado.
“A determinação do TCU foi atendida na medida em que o serviço de distribuição foi estatizado. Por outro lado, a decisão do CNJ, que privilegia o direito conquistado mediante concurso público, foi prestigiada, uma vez que Mc Arthur Di Camargo Andrade continua titular de delegação”, diz o conselheiro em seu voto, que foi acompanhado pelos demais conselheiros presentes.
“Nesse contexto, não é possível conceber violação à regra do concurso público aventada pela ANDECC, pois o interessado se submeteu e foi aprovado em certame realizado no ano 2000. A nova oportunidade de escolha ocorreu em função da necessidade de se reparar o erro na oferta da serventia”, conclui.

Hoje. CEI da Dengue faz primeira oitiva


A CEI (Comissão Especial de Inquérito) constituída pela Câmara de Taubaté para investigar a responsabilidade da Prefeitura com relação à epidemia de dengue no município marcou a primeira oitiva para thoje, 27, às 9h, no plenário Jaurés Guisard.
A Comissão espera ouvir o diretor do Centro de Animais Sinantrópicos, José Antonio Cardoso, a diretora técnica de saúde do Instituto Adolfo Lutz, Fátima Regina de Moura Abreu Villela, a diretora técnica da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), Maria Lúcia Fadel Condino, e a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Stella Zöllner.
Integram a CEI (Comissão Especial de Inquérito) os vereadores Luizinho da Farmácia (PROS), que é o presidente; Rodrigo Luis Silva “Digão” (PSDB), relator; Paulo Miranda (PP), Nunes Coelho (PRB) e Noilton Ramos (PSD).

A oitiva será transmitida ao vivo pela TV Câmara Taubaté, sintonizada pelo canal 7 da Net e pelo sitewww.camarataubate.sp.gov.br.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

O verdadeiro aprendizado é como a boa música: fica para sempre!

(*) Adriano Dias Nunes

No mês de maio, comemora-se o aniversário do músico russo Pyotr Ilitch Tchaikovsky. Nascido em 1840, o compositor de clássicos como O lago dos cisnes, A bela adormecida, O quebra nozes e a Abertura-fantasia Romeu e Julieta morreu aos 53 anos, vítima de cólera. Passados 120 anos de sua morte, comparamos seu trabalho, que nos deixou um rico legado de composições talentosas e criativas, à atuação de um professor em sala de aula.
Entre outros significados, a música é descrita no dicionário como “arte e técnica de combinar sons de maneira agradável ao ouvido”. Se trocarmos a palavra “sons” por “conhecimento”, obteremos uma poética explicação para o ofício do docente. Assim como os grandes músicos, os bons educadores têm o poder de transformar a teoria em uma linguagem viva e dinâmica.
Como o aluno de hoje está conectado a um universo de informações e possibilidades, o educador deve assumir o papel de maestro. Assim como os regentes que conduzem um grupo de músicos, cabe ao professor estabelecer a harmonia entre instrumentos de aprendizado, conteúdos e metodologia.
Ao deixar de ser o agente central do processo e se tornar mediador, o professor assegura que os temas sejam discutidos com propriedade pelos alunos, que devem desenvolver habilidades e competências, construir argumentações e resolver desafios apresentados por meio de situações-problema. Uma estratégia que pode ser um recurso para atrair e manter o interesse do aluno é empregar uma metodologia que faça com que ele teste seus limites por meio de um conjunto de atividades que valorizem o pensamento investigativo e o raciocínio lógico. Ao lidar com situações que fazem sentido para o aluno, torna-se mais fácil despertar sua vontade de aprender.
Além disso, é fundamental oferecer soluções educacionais que combinem o que há de mais atual em metodologia com recursos interativos e modernos para que o aprendizado do aluno seja de fato uma experiência dinâmica e sensorial. Porque sabemos que cada vez mais os conhecimentos devem ser vivenciados pelo aluno em tempo real. E transformar o aprendizado em experiência prática deve ser o maior propósito.
Para que aluno e professor estejam em harmonia, o repertório de soluções educacionais precisa acompanhar o ritmo de cada estudante, com auxílio de recursos interativos e dinâmicos que permitam ao aluno vivenciar todas as suas descobertas. E esse é justamente um dos diferenciais do Ético Sistema de Ensino, que prepara o professor para assumir a função de maestro e conduzir o aprendizado, sempre buscando a harmonia entre o ensinar e o aprender. O Ético é referência na área educacional, tanto por sua excelência editorial, pioneirismo e liderança, como por fazer parte de uma das 50 maiores editoras do mundo, a Saraiva.
Para que educadores e alunos possam compor suas próprias trilhas, o Ético oferece materiais que organizam o currículo da escola e os conteúdos das disciplinas, aula a aula, com extremo rigor conceitual, propostas educacionais e soluções interativas que tornam as habilidades e competências dos alunos cada vez mais afinadas. Não há espaço para reutilizar materiais segregados ou adaptar conteúdos planejados para outras finalidades. Nossos alunos merecem excelência editorial e pedagógica, o que é um ótimo ponto de partida para que se sintam motivados a estudar e sejam conduzidos a um notável aprendizado. Assim como o músico se atualiza e busca construir seu trabalho de forma a se adequar aos tempos modernos, estamos sempre reinventando nosso material didático, incorporando soluções visuais que o tornam tão atrativo quanto uma tela de computador e apresentam conceitos e atividades que despertem no jovem o gosto pelo desafio.

(*) Adriano Dias Nunes é publicitário, pós-graduado em comunicação visual e coordenador de marketing da Saraiva, Divisão de Sistemas de Ensino. (www.sejaetico.com.br)

PPL DESISTE DE CASSAR PEIXOTO E LUIZINHO DA FARMÁCIA NO TSE

IRANI LIMA


Cassados em 6 de março do ano passado, os vereadores Carlos Peixoto (PMDB) e Luizinho da Farmácia (ex-PR) recorreram da sentença promulgada pela juíza Sueli Zeraik, da Justiça Eleitoral de Taubaté.

O PPL (Partido Pária Livre) alegou, à época, que os vereadores haviam sido condenação por improbidade pelo Tribunal de Justiça e estariam, por isso, impedidos de assumir suas cadeiras na Câmara Municipal de Taubaté. O argumento do desconhecido PPL foi vencedor em 1ª instância.

O TRE autuou, no dia 12 de abril, recurso eleitoral protocolado pelos vereadores Carlos Peixoto e Luizinho da Farmácia. No dia 10 de junho a PRE acolheu “preliminar de incompetência para anular a sentença proferida pelo Juízo de primeiro grau”.

Acórdão do TRE, de 20 de julho, deu provimento ao recurso dos parlamentares reconhecendo “a incompetência absoluta do juízo a quo para exame do recurso contra expedição de diploma” e declara “nula a sentença” proferida pela juíza Sueli Zeraik.

Inconformado, o PPL interpôs recurso no dia 30 de agosto, contra o acórdão anterior, que anulou sentença da Justiça Eleitoral de Taubaté. O recurso foi negado pelo presidente do TRE, desembargador Alceu Penteado no dia 4 de setembro, com o seguinte despacho:

"Nego seguimento ao recurso especial, por não reunir as condições que lhe são próprias (...) para a abertura da via do recurso especial, apelo de índole extraordinária, é necessária a demonstração de que o acórdão combatido tenha violado norma expressa de natureza federal e/ou divergido de entendimento firmado por outro tribunal eleitoral sobre a mesma questão fática”

O PPL impetrou novo recurso, desta vez contra o despacho do presidente do TRE. O recurso subiu para o TSE no dia 3 de outubro do ano passado, quando foi distribuído para o ministro João Otávio de Noronha.

O PPL desistiu da cassação dos vereadores Carlos Peixoto e Luizinho da Farmácia, conforme despacho do ministro do TSE registrado às 23 horas desta quinta-feira (22/04), na página de acompanhamento processual do órgão.

O despacho do ministro João Otávio de Noronha é de  29/04/14, mas só foi registrado na noite de ontem após a sessão plenária do TSE, realizada nas noites de terças e quintas-feiras

Despacho
Decisão Monocrática em 29/04/2014 - AI Nº 99007 Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA
DECISÃO
Vistos.
Trata-se de agravo interposto pelo Partido Pátria Livre em virtude de decisão da Presidência do TRE/SP que inadmitiu recurso especial eleitoral nos autos de recurso contra expedição de diploma.
Às fls. 588-589, o agravante informou a desistência do recurso, requerendo sua homologação.
É o relatório. Decido.
Considerando o pedido formulado pela agravante, homologo a desistência e determino o arquivamento dos autos.
P. I.
Brasília (DF), 29 de abril de 2014.
MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA
Relator

domingo, 25 de maio de 2014

CEI da Dengue: Digão visita hospital e leva “susto”



O vereador Rodrigo Luis Silva “Digão” (PSDB) relatou visita ao hospital Policlin, uma das ações iniciais dos trabalhos da CEI (Comissão Especial de Inquérito) que investiga a epidemia de dengue, presidida por Luizinho da Farmácia (PROS).
Segundo o parlamentar, na primeira visita feita a um órgão de saúde, o “susto” foi grande, pois foram apresentados números que, se forem confirmados, “mostrará que Taubaté está em estado de calamidade pública há muito tempo”.
“Essa é a minha preocupação. Respingue em quem respingar, essa Comissão irá até o final, e vamos mostrar para a população a seriedade e o respeito desta Câmara, que tem compromisso com o taubateano.”
Digão afirmou que, se a administração municipal não zela pelo assunto, a Câmara irá fazer esse papel. “Isso eu tenho certeza, pela lisura e pelos componentes que integram essa CEI e pelos 19 vereadores desta Casa que têm respeito pela população.”
Para o vereador, com o trabalho da Comissão, dentro de um prazo curto, a população conhecerá quem está falando a verdade sobre os números da dengue. Exemplificou que, na estatística da Câmara, cinco dos 19 vereadores deste mandato tiveram dengue, “dando uma noção do que vem pela frente”.
Além da questão da dengue, ressaltou que não se pode aceitar mais um munícipe chegar à tribuna para reclamar da saúde no município, referindo-se ao relato da paciente que tem câncer, Cláudia Maria Lage, na tribuna livre. Moradora da região de divisa entre Tremembé e Taubaté, ela está sendo impedida de receber atendimento em Taubaté.
“Não podemos aceitar uma coisa dessas. Quantas vezes vínhamos de forma contundente aqui apontar o que estava acontecendo na saúde. Bilili [de Angelis, vereador] foi altamente criticado pela sua postura enérgica.”
Digão afirmou que, muitas vezes, ficava chateado por Bilili levar para o lado pessoal e não técnico as reclamações da área da saúde, mas reconheceu que, muito do que era falado está acontecendo, e os próprios vereadores não estão enxergando.
“Os munícipes estão vindo aqui apontar aquilo que apresentávamos no ano passado, um passado próximo, não faz muito tempo. A Câmara tem que começar a se posicionar nesse sentido. Não podemos deixar esses desmandos acontecerem na cidade”.
O parlamentar afirmou que o prefeito tem sua parcela de culpa e foi levado a ele o conhecimento das manifestações feitas pelos vereadores. “Por isso, atitudes devem ser tomadas, porque há coisas na saúde de Taubaté que não estão funcionando.”
Digão ressaltou que há contribuição dos vereadores quando, por exemplo, ele ligou para o programa de uma emissora local para questionar o secretário de Saúde, João Ebram Neto, que estava no programa. “A gente contribui - palavras do próprio secretário -, mas têm coisas que não dá para admitir. Eu me sensibilizo com a munícipe que usou a tribuna livre. Alguma atitude vai ser tomada pela Câmara, pode ter certeza disso.”
O vereador pediu para a população que encaminhe à CEI qualquer informação referente à dengue, para contribuir na realização de um “trabalho sério e transparente”. “Vamos verificar tudo o que aconteceu, fato por fato.”

Afastadas da família de origem, crianças são acolhidas por mães e pais provisórios




Quando o empresário Ranieri Lima Dias entrou no projeto de família acolhedora, há 15 anos, não imaginava que encontraria, segundo ele, a forma mais eficaz de cuidar de alguém. Desde 1999, oito crianças em situação de vulnerabilidade passaram pela casa que divide com a esposa, em Campinas/SP. Foram meninos de 3 a 10 anos que cresceram, temporariamente, com os três filhos naturais do casal. “Nos chamou a atenção a possibilidade de ajudar várias crianças ao longo do tempo sem necessidade de adoção. É a melhor maneira de acolher alguém porque é feito com qualidade e em quantidade”, afirma Dias.
Segundo o juiz da Vara da Infância e Juventude de Campinas Eduardo Bigolin, a prioridade nesse tipo de acolhimento é importante para a criança ter um modelo de família em que possa se espelhar. “As crianças que passam pela família acolhedora são bem avaliadas em exames psicológicos e sociais. Têm maior interação, integração com a comunidade e gozam de maior liberdade, muito porque a família cuidou do lado afetivo, moral e material que talvez não estivesse sendo provido pela família de origem”, afirma.
O número de crianças e adolescentes acolhidos por famílias, porém, ainda é baixo se comparado ao universo de acolhidos no Brasil. São cerca de 730 crianças e adolescentes para 45,7 mil meninas e meninos abrigados, de acordo com dados de maio do Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Acolhidos (CNCA), mantido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
O Estado do Paraná e do Rio de Janeiro concentram o maior números de acolhidos em famílias, com 206 e 202 crianças e adolescentes, respectivamente.
Fim dos abrigos – Para inverter a proporção, juízes da vara da infância e juventude têm defendido a substituição integral dos abrigos pelos serviços de família acolhedora.
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), existem 102 serviços de acolhimento familiar em 283 municípios. De acordo com o Cadastro Nacional de Crianças Acolhidos (CNCA), há 381 famílias acolhedoras no país. Apenas no Estado de Minas Gerais são 175. Normalmente, cada família recebe uma criança, exceto quando há grupos de irmãos.
Na Comarca de Cascavel/PR, por exemplo, as medidas protetivas de acolhimento já são cumpridas exclusivamente por meio das famílias nos municípios de Lindoeste e Santa Tereza do Oeste. “A meta é acabar, este ano, com os abrigos em Cascavel”, afirma o Juiz Sergio Luiz Kreuz, da Vara da Infância e da Juventude da Comarca de Cascavel, responsável, desde 2006, pelo programa de acolhimento familiar em parceria com o Ministério Público e a prefeitura local.
“Quando o Estado interfere é para garantir a proteção da criança, mas, ao mesmo tempo, viola o direito dela à convivência familiar”, afirma o magistrado, acrescentando que 80% das crianças da região em medidas protetivas estão acolhidas por famílias.
Embora busque a inversão da proporção de crianças em abrigos e acolhidas por famílias, o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) – pasta responsável pela coordenação dos serviços de acolhimento dos municípios – não tem o objetivo de substituir integralmente os abrigos. “Atualmente, entendemos que é importante que em municípios maiores existam mais de uma modalidade de acolhimento porque os casos são diferentes”, afirma Ana Angélica Melo, técnica da coordenadoria-geral de serviços de acolhimento do MDS. Ela acrescenta que a regra é dar prioridade ao acolhimento familiar para crianças menores de três anos. “É diretriz da ONU por causa da fase de desenvolvimento da primeira infância que exige cuidados especiais”, diz.
A contrapartida financeira oferecida pelo município responsável pelo serviço é, normalmente, de um salário mínimo por acolhido. O valor pode aumentar, caso a criança ou adolescente tenha necessidades especiais ou esteja envolvido com drogas. Em Cascavel, a família também é isenta do recolhimento do Imposto Predial e Territoral Urbano (IPTU).
Retorno à origem – Um dos critérios para seleção das famílias acolhedoras é que todos os membros concordem em participar do programa. “No nosso primeiro acolhimento, a psicóloga conversou até com meu filho que tinha dois anos, na época”, afirma Ranieri Lima Dias.
Além disso, a família não pode ter interesse ou expectativa de adoção. “Famílias com essa esperança deixarão de ser nossas parceiras para dar conforto à criança enquanto sua família está se recuperando”, explica o juiz Sergio Luiz Kreuz.
Magistrados da área da Infância e Juventude concordam, porém, que esse não é um valor absoluto. Em 2006, ocorreram duas adoções por famílias acolhedoras em Cascavel. Em um dos casos, um casal homoafetivo prontificou-se a adotar um menino de oito anos paraplégico e acolhido com subnutrição. “São situações excepcionais. A casa deles já estava adaptada. Eu e a equipe técnica achamos que era o melhor para ele”, diz o magistrado.
O objetivo principal do programa é resolver a situação jurídica da criança durante o acolhimento, que deve variar de seis meses a dois anos. Nesse período, psicólogos e assistentes sociais trabalham para resolver a situação das famílias de origem e promover o retorno da criança. Caso não seja possível, avós e tios são procurados. A última alternativa é o processo de adoção.
De acordo com Claudia Russo, coordenadora do Sapeca - um dos dois serviços de acolhimento familiar de Campinas e o mais antigo do país – 44% das crianças atendidas voltaram para a família de origem. “Notamos, nos últimos anos, um aumento de abandono de bebês na maternidade por mães usuárias de crack e moradoras de rua. Houve um caso em que a avó acolheu, mas não deu conta porque já cuida de outros netos”, conta.
Vínculo – Segundo especialistas no assunto, a quebra do vínculo afetivo não deve ser justificativa para rejeitar o acolhimento familiar. No final do período, de acolhimento, as “famílias temporárias” passam a fazer parte da rede de apoio à criança.
Com a experiência de quem acolheu e devolveu, o empresário Ranieri Lima Dias afirma que o vínculo afetivo sempre será estabelecido porque a razão da família acolhedora é exatamente essa. “Mas o trauma não existe em nenhum dos que partiram daqui”, diz. Segundo o “pai provisório”, alguns dos meninos passam as férias de junho ou visitam a família uma vez por mês. “Não parece uma criança que foi e acabou, mas sim um amigo ou parente que mudou de casa”, completa Dias, que há três meses acolhe um menino de sete anos que precisou implantar prótese no pé por causa de um atropelamento negligenciado pela família de origem.
Celeridade - Para garantir rapidez na resolução definitiva da situação da criança e reduzir o tempo médio de abrigamento, a Corregedoria Nacional de Justiça editou, em abril, o Provimento n.36. Entre outras medidas, a norma determinou que as corregedorias dos Tribunais de Justiça investiguem o magistrado que conduzir ações de destituição familiar ou adoção tramitando há mais de um ano, de forma injustificada, sem proferir a sentença. O ECA (Lei n. 8.069, de 1990) determina prazo máximo de 120 dias para conclusão nas ações de destituição do poder familiar.  “As crianças não podem esperar a lentidão da Justiça”, afirma o juiz auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça, Gabriel Matos.

sábado, 24 de maio de 2014

CATÃO FOGE DE DEBATE SOBRE EPIDEMIA DE DENGUE EM TAUBATÉ, QUE REGISTRA MAIS DE 6 MIL CASOS

IRANI LIMA


Convidado para debater com a vereadora Polyana Gama a epidemia de dengue em Taubaté, na TV Cidade, nesta sexta-feira (23/04), às 19 horas, no programa Cidade Alerta, o Catão da Vila São Geraldo desconversou e recusou o convite.

Números da epidemia de dengue denunciados por Pollyana Gama
Taubaté confirma oficialmente 6.179casos de dengue, nesta sexta-feira (23/04). Quando a vereadora Pollyana Gama fez a denúncia sobre a negligência da Prefeitura, já haviam sido registrados1.809 casos na cidade. Como o Catão da Vila São Geraldo explicaria que em apenas três semanas o aumento foi de 242%? O mosquito da dengue resolveu atacar somente agora, quando está mais frio?

O programa será exibido ao vivo pelos canais 3 (digital) e 99 (analógico), pela operadora NET.

A fuga do vereador desnecessário é fácil de explicar: Joffre Neto gosta de debates quando pode humilhar, mesmo que seja com mentiras, seu oponente.

Como o Catão da Vila São Geraldo poderia justificar para a população, ao vivo, porque não assinou o pedido de abertura de CEI para investigar a epidemia de dengue em Taubaté, que não tem sequer o número mínimo de agentes de combate ao mosquito previsto pelo Ministério da Saúde?

Como o Catão poderia justificar, ao vivo, diante de milhares de telespectadores, os números levantados pela vereadora Pollyana Gama que demonstram claramente que o prefeito (?!) Ortiz Junior, não gasta toda a verba que recebe do Ministério da Saúde com a vigilância sanitária?

Gostaria que o vereador desnecessário criticasse o MPF (Ministério Público Federal), que acatou a denúncia da vereadora Pollyana Gama e abriu uma sindicância para apurar as irregularidades apontadas, como pode ser visto aqui.

Joffre Neto poderia usar o tempo que a TV Cidade lhe oferece gratuitamente para explicar porque a Transparência Taubaté não funciona sob o governo (?!) Ortiz Junior para denunciar a epidemia de dengue em Taubaté.

O Catão da Vila São Geraldo, um finório, que age como escroque em São Luiz do Paraitinga, teria argumentos para debater com seriedade a epidemia que assola Taubaté, segundo constatou o vereador Rodrigo Luís Silva - Digão, “há muito tempo”.

Catão desnecessário foge de debate na TV
Aqui, trecho de release da assessoria de imprensa da Câmara Municipal relatando as impressões de Digão, um dos membros da CEI da dengue, após visitar um hospital da cidade:

Segundo o parlamentar, na primeira visita feita a um órgão de saúde, o ‘susto’ foi grande, pois foram apresentados números que, se forem confirmados, ‘mostrará que Taubaté está em estado de calamidade pública há muito tempo’.
‘Essa é a minha preocupação. Respingue em quem respingar, essa Comissão irá até o final, e vamos mostrar para a população a seriedade e o respeito desta Câmara, que tem compromisso com o taubateano’. Digão afirmou que, se a administração municipal não zela pelo assunto, a Câmara irá fazer esse papel’”.

Joffre Neto é um vereador desnecessário, embusteiro, que prefere “visitas surpresas” no pronto socorro municipal para, depois, aparecer com gráficos e números que levam a população a se enganar com sua “fiscalização”.

Por que Joffre Neto foge do debater?