terça-feira, 1 de janeiro de 2013

CÂMARA DE TAUBATÉ EM UM DIA QUALQUER

E UMA IMPORTÃNCIA MARCADA PELAS CARTAS DE3 BASTIDORES...
A importância do dia 1º de janeiro de 2013 para a Câmara Municipal de Taubaté não está circunscrito à posse dos 19 vereadores eleitos no dia 7 de outubro de 2012 e do prefeito sub-júdice Ortiz Júnior (PSDB). Vai além disso.



Ao se reunirem para escolher o novo presidente da Câmara Municipal, os vereadores poderão eleger, quiçá, o futuro prefeito-tampão desta urbe quase quatrocentona, pois não está descartada a hipótese do prefeito tucano ser cassado nos primeiros seis meses de seu governo. É uma possibilidade real.



A eleição do próximo presidente da Câmara Municipal de Taubaté se reveste de grande importância política pela singularidade do momento em que ocorre. Os novos vereadores serão os mais visados. Os candidatos à presidência da Casa Dr. Pedro Costa trabalham incessantemente para captar os votos dos indecisos porque há quem tenha medo de decidir.



As festas de fim de ano refrearam os ânimos de todos. Uma pausa necessária nas articulações, principalmente para os novos parlamentares, que experimentarão pela primeira vez o poder de seus votos como indivíduos. As reuniões que se sucederão à posse dos novos parlamentares serão as mais importantes da vida deles.



Não será a simples escolha de um nome para dirigir os trabalhos legislativos. O presidente da câmara municipal não ocupa um papel burocrático apenas. Primordialmente, ele conduz as votações, ao decidir o que será colocado em pauta durante as sessões ordinárias.



É preciso conhecer o grau de comprometimento dos candidatos com o futuro prefeito desta urbe, que pode ser cassado nos primeiros meses de governo. A repetição parece inócua mas precisa ser feita, pois Taubaté caminha na corda bamba política e qualquer desequilíbrio pode ser fatal.



Os 19 vereadores eleitos representam 56.076 votos, ou seja, 56,4% dos 99.365 sufrágios obtidos pelo prefeito eleito no segundo turno ou, se preferirem, 32,1% dos 174.217 votos válidos para vereador.



Na prática, a Câmara Municipal será composta por vereadores eleitos com 26,06% dos 215.151 eleitores taubateanos. O sistema de eleição proporcional possibilita que candidatos com mais votos cedam lugar para candidatos menos votados. É a regra do jogo. Não há o que chorar.



A coligação PRB / PP / PDT / PTB / PSC / DEM / PRTB / PHS / PMN / PTC / PSB / PRP / PSDB / PC DO B) elegeu 11 dos 19 vereadores com 32.551 sufrágios, ou seja, 58.04% dos votos que elegeram a nova Câmara Municipal.



A coligação PT / PMDB / PSDC elegeu 4 vereadores com 11.859 sufrágios, equivalente a 21,14% dos votos válidos. Já a coligação PPS / PSD / PTN fez 2 vereadores que, juntos, obtiveram 6.812 votos (12,14%). A coligação PV / PSL / PR / PT do B / PPL elegeu apenas 1 vereador com 2.054 votos, ou 3,6% do total. O PSOL não se coligou e não elegeu nenhum vereador.



É chegada a hora de os vereadores sopesarem as conversas anteriores, o voto prometido, as negociações feitas para a composição da mesa diretora da Câmara e, principalmente, a formação das comissões.



Que cada vereador avalie seu voto e tenha em mente que ele representa uma gama imensa de eleitores que colocaram em suas mãos o futuro político desta urbe quase quatrocentona.



Não teremos neste dia 1º de janeiro de 2013 uma eleição qualquer. Trata-se de eleger o futuro presidente da Câmara Municipal de Taubaté que, eventualmente, poderá ser prefeito desta cidade por alguns meses.



Cabe aos parlamentares taubateanos decidirem que futuro teremos.



“Política é como nuvem - ensina Magalhães Pinto - você olha para cima ela está de um jeito, cinco minutos depois está toda diferente”. A máxima do ex-governador mineiro vale para os vereadores que nesta terça-feira elegerão o futuro presidente da Câmara Municipal.



Negociem apoio não por interesse próprio, mas no interesse desta sofrida urbe.

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