A importância do dia 1º de janeiro de
2013 para a Câmara Municipal de Taubaté não está circunscrito à posse dos 19
vereadores eleitos no dia 7 de outubro de 2012 e do prefeito sub-júdice Ortiz
Júnior (PSDB). Vai além disso.
Ao se
reunirem para escolher o novo presidente da Câmara Municipal, os vereadores
poderão eleger, quiçá, o futuro prefeito-tampão desta urbe quase quatrocentona,
pois não está descartada a hipótese do prefeito tucano ser cassado nos primeiros
seis meses de seu governo. É uma possibilidade real.
A eleição
do próximo presidente da Câmara Municipal de Taubaté se reveste de grande
importância política pela singularidade do momento em que ocorre. Os novos
vereadores serão os mais visados. Os candidatos à presidência da Casa Dr. Pedro
Costa trabalham incessantemente para captar os votos dos indecisos porque há
quem tenha medo de decidir.
As festas
de fim de ano refrearam os ânimos de todos. Uma pausa necessária nas
articulações, principalmente para os novos parlamentares, que experimentarão
pela primeira vez o poder de seus votos como indivíduos. As reuniões que se
sucederão à posse dos novos parlamentares serão as mais importantes da vida
deles.
Não será a
simples escolha de um nome para dirigir os trabalhos legislativos. O presidente
da câmara municipal não ocupa um papel burocrático apenas. Primordialmente, ele
conduz as votações, ao decidir o que será colocado em pauta durante as sessões
ordinárias.
É preciso
conhecer o grau de comprometimento dos candidatos com o futuro prefeito desta
urbe, que pode ser cassado nos primeiros meses de governo. A repetição parece
inócua mas precisa ser feita, pois Taubaté caminha na corda bamba política e
qualquer desequilíbrio pode ser fatal.
Os 19
vereadores eleitos representam 56.076 votos, ou seja, 56,4% dos
99.365 sufrágios obtidos pelo prefeito eleito no segundo turno ou, se
preferirem, 32,1% dos 174.217 votos válidos para vereador.
Na prática,
a Câmara Municipal será composta por vereadores eleitos com 26,06% dos
215.151 eleitores taubateanos. O sistema de eleição proporcional
possibilita que candidatos com mais votos cedam lugar para candidatos menos
votados. É a regra do jogo. Não há o que chorar.
A coligação
PRB / PP / PDT / PTB / PSC / DEM /
PRTB / PHS / PMN / PTC / PSB / PRP / PSDB / PC DO B) elegeu
11
dos 19 vereadores com
32.551 sufrágios, ou seja,
58.04% dos votos que elegeram a nova Câmara
Municipal.
A
coligação PT / PMDB / PSDC elegeu 4
vereadores com 11.859
sufrágios, equivalente a 21,14%
dos votos válidos. Já a coligação PPS / PSD / PTN fez
2
vereadores que, juntos, obtiveram 6.812
votos (12,14%).
A coligação PV / PSL / PR / PT do B / PPL elegeu apenas
1
vereador com 2.054
votos, ou 3,6%
do total. O PSOL não se coligou e não elegeu nenhum
vereador.
É
chegada a hora de os vereadores sopesarem as conversas anteriores, o voto
prometido, as negociações feitas para a composição da mesa diretora da Câmara e,
principalmente, a formação das comissões.
Que
cada vereador avalie seu voto e tenha em mente que ele representa uma gama
imensa de eleitores que colocaram em suas mãos o futuro político desta urbe
quase quatrocentona.
Não
teremos neste dia 1º de janeiro de 2013 uma eleição qualquer. Trata-se de eleger
o futuro presidente da Câmara Municipal de Taubaté que, eventualmente, poderá
ser prefeito desta cidade por alguns meses.
Cabe
aos parlamentares taubateanos decidirem que futuro
teremos.
“Política
é como nuvem - ensina Magalhães Pinto - você olha para cima ela está de um
jeito, cinco minutos depois está toda diferente”. A máxima do ex-governador
mineiro vale para os vereadores que nesta terça-feira elegerão o futuro
presidente da Câmara Municipal.
Negociem
apoio não por interesse próprio, mas no interesse desta sofrida
urbe.
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