O Sistema Cantareira, que abastece 6,2 milhões de
pessoas na Grande São Paulo, começou fevereiro em queda após sete dias com
estabilidade. Neste domingo (1º), as represas tinham 5% da capacidade, contra
os 5,1% que apresentavam desde 25 de janeiro, segundo dados da Sabesp
divulgados nesta manhã.
Entre os seis sistemas que abastecem a região
metropolitana, o Cantareira foi o que recebeu o maior volume de chuvas neste
sábado (31): 10,7 mm. A chuva não foi suficiente, no entanto, para conter a
queda no nível das represas. Janeiro foi o 12º mês no Cantareira com
precipitação abaixo da média história desde janeiro de 2014, início da crise.
A última vez em que o Cantareira subiu foi no dia
26 de dezembro de 2014. De lá para cá, se manteve estável ou perdeu mais água
do que recebeu. A última sequência de quedas, entre 12 e 25 de janeiro, foi a
terceira maior desde o início da crise hídrica, no começo do ano passado. O
sistema já utiliza sua segunda cota de volume morto.
Confira o níveis dos sistemas que atendem a Grande
São Paulo:
Cantareira: caiu de 5,1% para 5%
Alto Tietê: subiu de 10,8% para 11%;
Guarapiranga: caiu de 48,1% para 47,9%;
Alto Cotia: caiu 28,4% para 28%;
Rio Grande: subiu de 74,7% para 75%;
Rio Claro: subiu de 28,3% para 28,8%.
Alto Tietê: subiu de 10,8% para 11%;
Guarapiranga: caiu de 48,1% para 47,9%;
Alto Cotia: caiu 28,4% para 28%;
Rio Grande: subiu de 74,7% para 75%;
Rio Claro: subiu de 28,3% para 28,8%.
Previsão
As precipitações devem ficar abaixo da média pelo menos até abril. É o que prevê o Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal do Ministério de Ciência e Tecnologia. O resultado foi divulgado em 16 de janeiro, na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em Brasília.
Balanço de 2014
Junto com o ano de 2014, terminou também o melhor mês do Cantareira no ano. Em dezembro, o nível do sistema baixou 1,5 ponto percentual. Foi o menor índice de queda mensal no ano. A maior baixa foi em fevereiro, quando o volume acumulado recuou 5,5 pontos percentuais.
As precipitações devem ficar abaixo da média pelo menos até abril. É o que prevê o Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal do Ministério de Ciência e Tecnologia. O resultado foi divulgado em 16 de janeiro, na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em Brasília.
Balanço de 2014
Junto com o ano de 2014, terminou também o melhor mês do Cantareira no ano. Em dezembro, o nível do sistema baixou 1,5 ponto percentual. Foi o menor índice de queda mensal no ano. A maior baixa foi em fevereiro, quando o volume acumulado recuou 5,5 pontos percentuais.
Dezembro também foi o melhor mês em número de dias
sem queda no nível do reservatório. Foram 11: em 8 deles o nível se
estabilizou, e em outros 3 ele chegou a subir. Foi a única vez no ano em que o
nível aumentou três vezes seguidas, dos dias 24 a 26. Nesse sentido, os piores
meses foram junho, julho, agosto e outubro, quando o nível caiu todos os dias.
O Cantareira terminou 2014 sem recuperar 492
bilhões de litros de água perdidos durante os 12 meses. O ano começou com o
nível do reservatório em 27,2% e terminou com 7,2%.
Porém, com a utilização das duas cotas do volume morto
(a primeira elevou o manancial em 18,5 pontos percentuais e a segunda em 10,7
pontos percentuais) é como se os reservatórios tivessem iniciado 2014 com um
volume acumulado de 56,4%. Assim, a queda foi 49,2% durante o ano. O número
representa 492 bilhões de litros. De acordo com estimativas da Sabesp, o
reservatório tem capacidade de armazenar 1 trilhão de litros, quando está com
100% do seu nível.
Multa
Depois de ser barrada na Justiça no dia 13, a sobretaxa na conta de água para quem aumentar o consumo voltou a valer no dia 14, após o governo vencer recurso contra a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste).
Depois de ser barrada na Justiça no dia 13, a sobretaxa na conta de água para quem aumentar o consumo voltou a valer no dia 14, após o governo vencer recurso contra a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste).
A partir da conta de fevereiro, serão cobrados 40%
de multa para quem consumir até 20% a mais do que a média entre fevereiro de
2013 e janeiro de 2014. Quem ultrapassar 20% dessa média será multado em 100%
sobre o gasto com água, que representa metade da conta. Os outros 50% são referentes
ao serviço de coleta de esgoto.
Os sistemas que abastecem várias regiões do estado
de São Paulo têm enfrentado quedas frequentes do volume de água armazenado
devido à falta de chuvas. Na Grande São Paulo, os principais sistemas,
Cantareira, Alto Tietê e Guarapiranga, são os mais afetados.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) negou que a
medida seja uma multa ao consumidor. Ele define o ônus como "tarifa de
contingência".
Com a medida, a multa será aplicada da seguinte
maneira: um consumidor que, em média, gasta 10 m³ de água receberá conta 20%
mais cara se utilizar entre 10,1 m³ e 12 m³ em um mês. Caso gaste acima de 12,1
m³, irá pagar 50% a mais. O consumidor que elevar o gasto passará a ser cobrado
na conta de fevereiro.
Bônus
Entre fevereiro e outubro do ano passado, a companhia concedeu bônus de 30% na conta de clientes que economizassem 20% ou mais de água em relação à média de consumo entre dos 12 meses que vão de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014.
Entre fevereiro e outubro do ano passado, a companhia concedeu bônus de 30% na conta de clientes que economizassem 20% ou mais de água em relação à média de consumo entre dos 12 meses que vão de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014.
A medida foi adotada para estimular a redução no consumo.
Desde novembro, o desconto gradual passou a ser dado para os imóveis que
reduzirem o consumo entre 10% e 20%. O desconto foi prorrogado até o fim de
2015.
O percentual será calculado com base na média de
fevereiro de 2013 até janeiro de 2014. A média já aparece na conta dos
consumidores. A meta do governo é reduzir 2,5 metros cúbicos por segundo de
consumo
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