Visivelmente abatido e totalmente desnorteado em consequência da série de perguntas que não soube responder (irrespondíveis, por sinal) o candidato tucano Ortiz Júnior foi assim que saiu do debate realizado pela TV Band Vale e jornal o Vale na noite desta quinta-feira quando foi literalmente “massacrado” pelo seu opositor, o competente petista Isaac do Carmo que, articulado, colocou em xeque-mate a credibilidade, seriedade e suposta honestidade de seu opositor que não soube – em nenhum momento- responder suas indagações a respeito dos processos judiciais em que ele e seu pai estão envolvidos ( Ortiz e Ortiz júnior estão com seus bens bloqueados na Justiça).
No início Ortiz Júnior começou leve e meio calmo. Mas, poucos minutos depois disso começou a tremer nas bases, como um cristão atirado aos leões nas arenas romanas. Quando questionado porque seus bens estavam bloqueados pela Justiça e que não podia nem emitir cheques e utilizar cartões de crédito, desconversou falando sobre outro assunto. Isaac voltou ao tema e Júnior desconversou, novamente. Em suma, não quis assumir perante os telespectadores/eleitores que está respondendo a processos judiciais por corrupção.
Quando foi questionado por Isaac do Carmo a respeito de ter seu telefone grampeado pela Justiça Ortiz Júnior – suando muito e com a voz trêmula – desconversou e começou a atacar o PT, o PMDB , a presidente Dilma e o ex-presidente Lula. Rsumindo, não respondeu o irrespondível.Não tinha argumentos contra os fatos. Sua lógica mental era – como ressalvou Isaac – desviar, esquivar-se das respostas pois não as tinha.
No auge do desespero e do destempero verbal partiu para a “baixaria” característica dos Ortiz: atacou o ex-deputado Ary Kara, o prefeito Roberto Peixoto, o PT e o PMDB. Mas, esqueceu-se que entre 2000-2004 Peixoto foi vice de seu pai , Bernardo Ortiz (que só ganhou a eleição porque Peixoto fez a diferença). Em 2004, seu pai, Bernardo Ortiz pediu á população para que votasse em Peixoto no horário político eleitoral gratuito. E em 2008 perdeu a eleição para Roberto Peixoto. Esqueceu-se também que o mero desconhecido Ortiz na década de 80 teve como seu principal cabo eleitoral o então deputado Ary Kara José(PMDB) que o ajudou a eleger-se, pela primeira vez, prefeito de Taubaté. Esqueceu-se ainda que na campanha de 2008 (quando foi defenestrado nas urnas) Peixoto durante debate na TV Vanguarda falou com todas as letras que “eu demiti o Ortiz Júnior da prefeitura porque , ao invés de trabalhar, ele ficava jogando o dia inteiro paciência no computador”.
A pá de cal no tucano maqueado foi quando Isaac questionou: “gostaria de saber o que o sr. vai fazer, caso seja eleito prefeito, já que seu pai, o ex-prefeito Bernardo Ortiz, foi codenado pela Justiça a devolver aos cofres públicos R$ 1 milhão. Aliás num processo contra Prefeitura que seu pai está movendo o sr. É o advogado dele...Saliento que esse dinheiro que seu pai vai ter que ressarcir poderia estar sendo empregado, por exemplo, na compra de merenda para as crianças das nossas escolas etc...O sr. vai administrar em benefício de sua família ou para a nossa população?” E completou: “eu, caso seja eleito prefeito, vou pensar na minha cidade, em pessoas, nos trabalhadores, nas pessoas menos abastadas, e não na vida particular...”
Ortiz Júnior, com voz trêmula, ficou encurralado e retrucou em tom arrogante: “Vamos parar de acusações...Não vou responder a mais nada... vou falar de programa de governo.”
Júnior lembrou – e muito – José Serra em São Paulo que sempre responde isso...Em suma, a máscara caiu e ficou claro que o garotinho tucano só consegue argumentar quando lê texto e não saber responder sem que alguém redija uma resposta. Não tem preparo psicológico e muito menos moral.
Isso é um resumo de como um candidato que é preparado por um marqueteiro fica vazio e condicionado a falar somente o que lhe foi redigido e que sem alguém para assoprar algo em seu ouvido mostra como é: vazio, falso e fingido...Ao contrário de Isaac do Carmo que é trabalhador desde os 15 anos de idade e não preside (no momento licenciado) uma entidade que congrega mais de 20 mil trabalhadores à toa. Tem bagagem cultural, liderança e, principalmente inteligência e nenhum cartão de crédito bloqueado. É ficha limpa. E mãos limpas e fica claro que com um homem desse porte Taubaté vai sair das páginas policiais e voltar ao seu lugar como um município que desenvolve a paz sócio-econômica da nossa região para o bem-estar da nossa sociedade.
FATOS
Vou fazer um remember do que foi publicado sobre Ortiz júnior neste blog e na mída. Eis a primeira matéria:
“JUSTIÇA ‘GRAMPEOU’ ORTIZ E ORTIZ JÚNIOR.
FAUSTO MACEDO - Agência Estado
O presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), José Bernardo Ortiz - aliado do governador Geraldo Alckmin (PSDB) -, e seu filho, José Bernardo Ortiz Júnior, candidato tucano à Prefeitura de Taubaté (SP), foram grampeados durante 15 dias em setembro.
A interceptação foi autorizada pelo Departamento de Inquéritos Policiais da Justiça Estadual (Dipo) em meio a uma investigação sobre suposta formação de cartel para desvio de dinheiro público em contrato de fornecimento de 3,5 milhões de mochilas escolares à FDE, ao preço de R$ 32,4 milhões. O Ministério Público suspeita que o superfaturamento tenha alcançado um terço desse montante.
Na última terça-feira (2), a Justiça decretou o afastamento imediato de Ortiz, por 240 dias, e bloqueou seus bens e os de seu filho. A medida foi requerida pela Promotoria do Patrimônio Público e Social em ação civil que imputa aos Ortiz ato de improbidade administrativa.
A escuta telefônica, em procedimento de natureza criminal, foi requerida pelo Grupo Especial de Repressão aos Delitos Econômicos (Gedec), braço do Ministério Público que combate cartéis. O grampo pegou pai e filho entre 10 e 25 de setembro. As conversas gravadas naquele período estão sendo transcritas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo”
Alguns documentos:
outro:
AGORA MAIS UMA MATÉRIA PARA REFRESCAR A MEMÓRIA DOS LEITORES:
MP acusa pai e filho tucanos de corrupção em compra de mochilas em SP
Um é presidente do Fundo para Desenvolvimento da Educação, do governo estadual; outro é candidato a prefeito em Taubaté; ambos são historicamente ligados ao governador Geraldo Alckmin
O presidente do Fundo para Desenvolvimento da Educação (FDE), José Bernardo Ortiz, e seu filho, José Bernardo Ortiz Junior – candidato a prefeito em Taubaté (SP) pelo PSDB -, estão sendo acusados pelo Ministério Público de São Paulo de montarem um esquema de superfaturamento na compra de mochilas para alunos das escolas estaduais, com desvios que podem chegar a R$ 11,5 milhões. Os dois podem responder por corrupção, enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro.
A FDE é ligada à Secretaria estadual de Educação e Ortiz tem ligações históricas com o governador tucano Geraldo Alckmin. Ontem (26), o MP entrou com ação na Vara da Fazenda Pública da capital pedindo o bloqueio dos bens dele, do filho e de três empresas - todos acusados de superfaturar dois de três lotes de uma licitação para a compra de 3,5 milhões de mochilas escolares. Os dois lotes sob suspeita custaram R$ 34,92 milhões.
Na ação, os promotores Silvio Antonio Marques e Saad Mazloum, da Promotoria do Patrimônio Público e Social, acusam Ortiz de improbidade administrativa e falam cartelização para favorecimento das empresas Capricórnio, Diana Paolucci e Mercosul.
Segundo o Ministério Público, Ortiz Júnior pediu a alteração de cláusulas da licitação para que pudesse manipular o resultado do certame e obter das empresas vencedoras uma comissão de 5% do valor da licitação, ou R$ 1,74 milhão. O valor seria usado por Ortiz Júnior em sua campanha a prefeito em Taubaté neste ano.
Ortiz, pai, foi nomeado presidente do FDE pelo próprio Alckmin em janeiro do ano passado, mesmo já tendo sido condenado anteriormente por improbidade administrativa. Ex-prefeito de Taubaté por três gestões, Ortiz é amigo de Alckmin e foi cabo eleitoral do governador na região do Vale do Paraíba, terra natal do governador.
A investigação da licitação irregular iniciou em maio, após denúncia apresentada por Djalma da Silva Santos, que foi Diretor Comercial da empresa Diana Paolucci, para que fosse efetivada a apuração de ilegalidades na contratação, especialmente o superfaturamento de preços e o tráfico de influência praticado pelo candidato a prefeito.
Superfaturamento
A licitação, dividida em três lotes, foi vencida pela empresa Capricórnio (lote 1, a R$ 9,50 cada mochila, e lote 2, a R$ 11,39 cada mochila) e pela empresa Brink Mobil (lote 3, a R$ 6,50 cada mochila). A Brink Mobil não foi acusada no processo.
De acordo com a ação do MP, a quantidade de material usada na fabricação das mochilas dos lotes 1 e 2 (vencidos pela Capricórnio) em relação as do lote 3 (vencido pela Brink Mobil), não justificava tamanha disparidade de preços, uma diferença de até R$ 4,89 por mochila. Além disso, a quantidade de mochilas a ser fornecida nos lotes 1 e 2, por ser bem maior que a do lote 3, deveria conceder um desconto em favor da FDE pela economia de escala, conforme previsto na Lei 8.666/1993.
O MP alega ainda que mesmo as mochilas do lote 3 foram confeccionadas pela Capricórnio, tendo sido subcontratada pela Brink Mobil, apesar de esta não ter participado do cartel. Para o MP, isso comprova ainda mais o superfaturamento de preços, pois a Brink Mobil teve lucro na operação, mesmo tendo comprado da Capricórnio para fornecer à FDE.
O processo diz ainda que o presidente da Capricórnio, Júlio Manfredini, e outras pessoas já foram denunciados em outra ação, pelo Ministério Público do Paraná. Lá, o prefeito de Londrina, José Joaquim Ribeiro (sem partido), foi preso este mês por determinação do Tribunal de Justiça daquele Estado, por suspeita de corrupção e fraudes na licitação de kits escolares (uniformes, mochilas e tênis) para 35 mil estudantes de Londrina, entre 2010 e 2011.
O MP acusa os suspeitos de enriquecimento ilícito, superfaturamento de preços, fraude em procedimento licitatório, corrupção, formação de cartel e lavagem de dinheiro. Os promotores deram à causa o valor de R$ 139.680.792,00, que corresponde aos valores despendidos pela FDE até o momento (R$ 34.920.198,00), com a multa por improbidade administrativa.
PORISSO ORTIZ JÚNIOR TEVE QUE FICAR QUIETO , SUAR FRIO E MOLHAR AS FRALDAS NO DEBATE
MEDO DA VERDADE
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