quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Volkswagen negocia Programa de Proteção ao Emprego

A Volkswagen negocia com o Sindicato dos Metalúrgicos a redução de jornada e salário por meio do Programa de Proteção ao Emprego (PPE), criado pelo governo federal, na fábrica de Taubaté (SP).

De acordo com o sindicato com a categoria, a adesão ao PPE já foi aprovada pelos trabalhadores em uma assembleia no fim de agosto, que também colocou fim à uma greve de 12 dias na unidade e cancelou 43 demissões.
Apesar disso, o modelo para redução de jornada e salário ainda precisa ser apresentada aos trabalhadores, o que deve ocorrer em assembleia nos próximos dias. Por nota, a montadora diz apenas que "está em contato com o sindicato no sentido de avaliar a adesão e implementação do PPE".
O sindicato da categoria informou que o modelo do PPE em Taubaté deve ter redução de 20% na jornada de trabalho e 10% nos salários. Com isso, os cerca de 5,2 mil trabalhadores da unidade devem trabalhar de segunda a quinta-feira. A fábrica de Taubaté da montadora produz os modelosGolUp! e Voyage.

Nesta quarta-feira (23), os funcionários da fábrica foram dispensados do trabalho pela terceira vez em menos de uma semana. A medida atinge os trabalhadores do segundo turno de produção e, segundo a montadora, foi adotada novamente por falta de peças. O sindicato informou ainda que os funcionários do 1° turno também serão dispensados na quinta-feira (24).
Além dessas paradas na produção, a empresa já havia dispensado trabalhadores na última sexta-feira (18) e na segunda (21) pelo mesmo motivo. O período em que os trabalhadores permanecerem afastados vai virar banco de horas. Não haverá desconto no pagamento.
A peça que está em falta e para quais modelos produzidos na planta ela é empregada também não foram informados.

Além disso, a Volkswagen vem adotando mecanismos na unidade de Taubaté para adequar a produção à demanda do mercado. A empresa já adotou férias coletivas, que foram concedidas em fevereiro a 250 empregados e depois em março, para praticamente toda planta por 21 dias. Além disso, em fevereiro, a empresa suspendeu o terceiro turno de produção. A montadora adotou ainda um Plano de Demissão Voluntária (PDV).

 PPE
A unidade da montadora em São Bernardo do Campo também já aprovou a adesão ao programa. No final de agosto, a Mercedes-Benz, no ABC paulista, aderiu ao PPE. Com isso, a marca também cancelou 1,5 mil demissões. Os trabalhadores da Ford, em São Bernardo do Campo, também aceitaram a adesão ao programa após greve e cancelamento de 203 demissões previstas na unidade.


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