Programa de demissão
voluntária fica aberto até 11 de setembro; meta seria chegar próximo ao
excedente da fábrica, de 500 trabalhadores
A Volkswagen
está com inscrições abertas desde anteontem para adesão ao PDV (Programa de
Demissão Voluntária) no complexo industrial de Taubaté. A informação foi
confirmada pelo Sindicato dos Metalúrgicos.
As regras do programa foram definidas em acordo, que ainda
não foi assinado, entre a montadora e o sindicato, após greve de duas semanas
na fábrica, encerrada na última segunda-feira.
A paralisação ocorreu depois que 43 trabalhadores foram
demitidos do complexo. Todos eles foram readmitidos pela companhia, que estima
em 500 o excedente de mão de obra em Taubaté.
Segundo o sindicato, as regras do PDV valem até 11 de
setembro. Elas incluem até 22 salários a mais de indenização para quem tenha 30
anos ou mais de serviços.
O menor número será de 12 salários nominais para aqueles
que têm até 10 anos de trabalho na fábrica.
APOSENTADORIA/ Além
do PDV, o acordo prevê um programa de aposentadoria antecipada para a demissão
voluntária de funcionários em vias de se aposentar.
Homens com 33 anos e seis meses e mulheres com 28 anos e
seis meses de contribuição receberão salários extras para deixar a empresa.
Mesmo sem ter sido assinado, o acordo com a Volks é
apontado pelo Sindicato dos Metalúrgicos como um dos melhores entre as
montadoras por ter evitado demissões.
O texto confirma a readmissão dos 43 trabalhadores e
suspende o desligamento de 500 empregados tidos como excedentes e que poderiam
ser demitidos no futuro.
Porém, caso o PDV não atinja o excedente, a empresa irá
congelar por até seis meses a tabela de progressão salarial prevista para
metalúrgicos da Volks, que é aplicada como mérito aos empregados.
“Essa regra só valerá se o excedente de 500 não for
atingido. É importante destacar que o objetivo do acordo foi manter os
empregos”, disse Denilson Mariotto, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos.
Em comunicado enviado após a greve, a Volks ressaltou que
o acordo estabelece as bases para um “futuro sustentável para a unidade
Taubaté”, cujos custos de produção são considerados mais elevados.
“O resultado contempla a continuidade dos mecanismos de
adequação de efetivo”, informou a montadora, “e medidas de adequação de custos
de pessoal”.
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