terça-feira, 25 de dezembro de 2012

O CANTO DA SEREIA E O PRÓXIMO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL

O TEXTO ABAIXO É DO COMPANHEIRO IRANI LIMA


A 16ª legislatura está para começar. Os 19 vereadores eleitos no dia 7 de outubro tomarão posse neste dia 1º de janeiro, às 16 hortas, em solenidade a se realizar na Associação dos Empregados no Comércio de Taubaté.

Até aí tudo é festa: abraços, cumprimentos, elogios, augurar sorte aos colegas que chegam e aos que permanecem na Câmara pela vontade do eleitor.

Será um momento único na vida daqueles que tomarão posse pela primeira vez.

A festa republicana, de congraçamento entre vereadores empossados, amigos e familiares termina neste instante.

Os neófitos vão entender que acordos fechados antes do Natal para votar neste ou naquele candidato a presidente da Câmara Municipal não valem mais.

Cada vereador tornar-se-á um parlamentar, com direito a decidir o que considera melhor para a Casa.

Houaiss ensina que parlamentar é um verbo transitivo indireto e intransitivo e significa fazer negociações, conversar em busca de um acordo.

Cada vereador eleito é um parlamentar.

Portanto, cada vereador é dono de uma procuração para conversar e negociar em nome de seus eleitores e daqueles que não os sufragaram.

Há fumaça de que o acordo para eleger a vereadora Graça (PSB) presidente da Câmara Municipal de Taubaté está se esvaindo.

O xadrez que se joga nos bastidores da Câmara Municipal não é aquele que o eleitor vê ou ouve nas entrevistas concedidas pelos litigantes.

A conversa intra muros é bem diferente da que chega ao conhecimento da população.

Alguém parou para pensar que o próximo presidente da Câmara Municipal poderá, eventualmente, ser prefeito de Taubaté?

Com certeza já pensaram, tanto que há quem aposte no desgaste natural da vereadora Graça para ocupar o cargo.

Acenam com a desculpa que o primeiro ano da próxima legislatura será difícil e a vereadora não teria musculatura política suficiente para conduzir a Câmara Municipal com a independência necessária e desejada.

O que está por trás do cenário que o eleitor desconhece é a luta que se trava entre os 19 atores pelo poder de dirigir uma das mais importantes casas legislativas do país.

O próximo presidente da Câmara não será um mero coadjuvante no teatro político que se estabeleceu em Taubaté desde que o Ministério Público Eleitoral pediu a impugnação do registro do candidato vencedor do pleito, o tucano Ortiz Júnior.

O futuro presidente da Câmara Municipal de Taubaté poderá ser alçado à condição de estrela da companhia. Poderá ser prefeito no caso de Ortiz Júnior (PSDB) ser defenestrado do Palácio do Bom Conselho pela Justiça Eleitoral.

O mais ardiloso dos vereadores eleitos é Joffre Neto (PSB).

Seu discurso moralista pode soar como o canto da sereia para os novos colegas. Parece bom, mas é desafinado e de péssima qualidade.

Joffre Neto saiu da penumbra política em que se encontrava para assumir seu lugar no palco das decisões políticas por uma conjugação de fatores que o favoreceram, inclusive a desastrada administração do prefeito Roberto Peixoto, que vive seus últimos momentos na ribalta administrativa.

O vereador eleito soube capitalizar o descontentamento popular com a administração Peixoto e cooptar novos e apaixonados seguidores à sua causa que não é, necessariamente, a dos taubateanos que amam esta urbe.

Ambicioso, Joffre encobre à perfeição sua real intenção: ser prefeito desta urbe, mesmo que seja por alguns meses, até que nova eleição seja marcada para a escolha de um novo prefeito da cidade.

Seria o ápice na carreira política de Joffre Neto que, ao longo da vida, colecionou mais desafetos que amigos por ser arrogante e capaz de atitudes sórdidas para alcançar seus objetivos.

Este blog roga aos novos parlamentares taubateanos que continuem conversando e negociando, pois para isso foram eleitos, sem venderem seus votos.

Os compromissos assumidos anteriormente, no calor da eleição recém-conquistada, não valem mais.

Não há vergonha, portanto, numa possível mudança de candidato.

A responsabilidade que pesa sobre os ombros de cada um dos 19 vereadores eleitos é imensurável.

Numa decisão colegiada histórica para a vida política de Taubaté, 19 parlamentares vão escolher não somente o próximo presidente da Câmara Municipal, quiçá o futuro prefeito desta urbe.

Esta e outras informações podem ser lidas em nossa fã page.

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