A PM de São Paulo dizima pobres no gueto do Pinheirinho, em São José dos Campos, como a SS de Hitler dizimava judeus nos guetos poloneses e alemães antes e durante a segunda Guerra Mundial. Finalmente os tucanos aprenderam como acabar com a pobreza: basta dizimar os pobres.
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PM impede moradores do Pinheirinho de ir a Campos do Jordão protestar |
A prévia do que aconteceu neste domingo em São José dos Campos pôde ser vista na segunda-feira (09/01) em que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) foi a Campos do Jordão para assinar a criação da Região Metropolitana do Vale do Paraíba, no Palácio de Inverno do governo de São Paulo.
Três ônibus que transportavam moradores do Pinheirinho foram impedidos de prosseguir a viagem. No posto da polícia rodoviária estadual na Rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro, os protestantes do Pinheirinho foram barrados, ou seja, sequer iniciaram a subida da Serra da Mantiqueira.
A polícia de São Paulo é assim. Nada pode perturbar a paz governamental, nem que seja preciso atirar balas de borracha em manifestantes desarmados, em autoridades que não sejam tucanas ou em quem ouse registrar a forma violenta de agir da SS do governador Geraldo Alckmin. Bombas de efeito moral e gás lacrimongêneo também servem para desmobilizar os desesperados que protestam por igualdade.
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Novo logotipo do governo de São Paulo,
extraído do blog Maria Fro |
A invasão da cracolândia, em São Paulo, onde centenas de viciados em droga, que precisam de assistência médica e não de polícia, foram tornados zumbis andando a esmo pelo centro da cidade, graças a incompetência e a arrogância tucana em tratar com os pobres e desvalidos, já faz parte do passado.
O esforço da Rádio Jovem Pan em agradar os tucanos é tanta que diariamente a emissora divulga balanço, sempre positivo, da ação da polícia na cracolândia. Creio que vá fazer o mesmo desde já com a invasão da PM tucana no Pinheirinho.
Agredir homens e mulheres necessitados, sem falar em crianças e velhos, alguns doentes, outros inválidos, não é tarefa policial das mais difíceis. Difícil é prender os coordenadores do PCC, seus advogados, acabar com a corrupção e os privilégios em nossos tribunais e oferecer segurança à população.
É fácil para Alckmin bravatear que só nomearia para trabalhar em seu governo quem tivesse “ficha limpa” e recuar algumas horas depois ao ser avisado por algum assessor que a ficha de seu mais dileto colaborador, o ex-prefeito taubateano José Bernardo Ortiz, está mais suja que pau de galinheiro.
Os policiais civis, que ousaram protestar contra os baixos salários em frente ao Palácio dos Bandeirantes, tiveram que enfrentar a força policial da SS do governo tucano. Teve policial civil de Taubaté que apanhou da SS do governo estadual no memorável combate polícia X polícia.
Perguntem aos professores da rede estadual que lembrança eles tem dos manifestos que fizeram contra os baixos salários e a péssima qualidade de ensino no Estado de São Paulo, que vive de enganação e do apoio de uma imprensa covarde e interesseira.
A esta altura do campeonato, o megaespeculador Naji Nahas, que quebrou a bolsa do Rio de Janeiro para juntar mais alguns milhões aos seus muitos milhões de dólares, deve a proteção da sua fortuna ao governador paulista.
Nahas, que foi preso pelo ex-delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz e solto menos de 24 horas depois pelo ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, pode tirar o champagne do freezer e brindar ao esmagamento dos pobres que ousaram invadir sua propriedade em São José dos Campos. Os tucanos lhe garantem a especulação.
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Na mão do policial da SS de Alckmin, um provável spray de gás pimenta
para "cegar" momentaneamente um possível manifestante no Pinheirinho |
Até o início da noite de domingo nenhum morador do Pinheirinho havia procurado os abrigos que a prefeitura disponibilizou para os desalojados.
Abaixo, um texto produzido por Benedito Machado sobre Naji Nahas, retirado do Facebook.
Naji Robert Nahas, megainvestidor...pária da sociedade....mais acumula do que produz, ou melhor, nunca produziu nada que justificasse sua riqueza....foi responsável pela quebra da bolsa de valores do Rio de Janeiro em 1989 aplicando um mega golpe que até hoje nunca foi explicado pela justiça....É em nome deste crápula que a "justiça" está agindo no Pinheirinho...o direito à moradia e à vida digna passa a ser secundário perante aos "direitos" deste bandido especulador financeiro, produto de um sistema capitalista igualmente bandido e covarde.....Aqueles que saqueiam os cofres públicos provocando danos à sociedade estão soltos e a esta hora do dia se fartando com suculentos cardápios pagos com dinheiro saqueado da população...VIVEMOS NUMA REPÚBLICA DE CANALHAS....
O professor Silvio Prado, que há dias vem acompanhando o desenrolar dos fatos no Pinheiro publicou no Facebook um de seus impagáveis cordéis sobre a luta dos sem-teto do Pinheirinho enquanto a SS de Alckmin não entrava em ação.
Silvio Prado estava advinhando o final da história. Para o professor, o desfecho do caso Pinheirinho era uma crônica com final anunciado.
Pinheirinho, a luta continua
Não seja besta a polícia
De impor sua repressão
Nas terras do Pinheirinho
Onde existe a união
De sem-teto e toda gente
Um povo quase irmão
Disposto a dar sua vida
Em defesa de seu chão
Essa polícia sacana
Matadora e truculenta
Se entrar no Pinheirinho
Nosso tranco não agüenta
Em meia hora de luta
Ela logo se arrebenta
Mesmo que use escopeta
E o famoso spray pimenta
E vai ter tanto “policia”
Com o beiço arrebentado
Canela e joelho sangrando
E o “zóio” revirado
Depois da carga feroz
Que chegou de todo lado
Por estilingue certeiro
Sabiamente manejado
Policial de farda nova
E com pose de machão
Depois de uma estilingada
O bicho se encolhe no chão
Berrando feito criança
Com o saco preso à mão
Tentando matar a dor
Que arrancou o seu tesão
E um tenente insensível
Pede que ele se levante
E vá enfrentar os sem-teto
Mesmo no preciso instante
Quando um belo Molotov
Explosivo e arrepiante
Queima mesmo até a cueca
Desse oficial petulante
E segue assim a batalha
Em que jagunço fardado
Usando arma moderna
Custeada pelo Estado
Conheceu bem de pertinho
O sem-teto desprezado
Que mostra com sua luta
O quanto está preparado
Nessa batalha impossível
E com armamento maluco
O povo do Pinheirinho
Como se jogasse truco
Trata o choque da policia
Que sai correndo sem lucro
Pra esconder sua vergonha
Talvez lá em Pernambuco
E assim se faz a luta
Pra defender o seu chão
Usando rústicas lanças
Estilingues de montão
Porretes pontiagudos
Pregos e até vergalhão
E como arma de fogo
Foguetório de rojão
É desse jeito que luta
Contra tropas do Estado
Com soldado escolhido
Depois de muito treinado
Arma moderna na mão
Escudo bem desenhado
Verdadeiro cão feroz
Devidamente amestrado
Se mandar bater pesado
Ele bate com tesão
Mesmo que algum amigo
Um parente ou irmão
Estejam do outro lado
No interior da ocupação
Lutando por seu direito
Defendendo sua razão
Para defender ricaços
E o direito à propriedade
O soldado que mal ganha
Pra manter sua integridade
Violentando a si mesmo
Age com severidade
Cumprindo a ordem burra
Vinda de uma autoridade
É uma pena que a policia
Faça assim papel tão feio
Obediente à ordem injusta
E mostrando pra que veio
Sem vergonha de usar
A violência como meio
Arrepiando gente pobre
Jamais lhe dando recreio
Felizmente, nem um tiro
Ou certeira bordoada
E nem mordida de cão
Que estava programada
No Pinheirinho se viu
Pois a (in)Justiça acuada
Cancelou por algum tempo
A batalha encomendada
Mas é preciso dizer
Em cordel e ficção
Que o povo do Pinheirinho
Da luta não abre mão
Mesmo que o Estado burguês
Usando uma falsa razão
Use a justiça e a policia
Como armas de pressão
Mesmo que o tal de Cury
E muito juiz sem juízo
Assinem leis e decretos
Que só trazem prejuízo
O povo do Pinheirinho
Vai fazer o que é preciso
Resistindo bravamente
Sempre de modo conciso
Armado de pau e pedra
Foguetório de rojão
Estilingues atrevidos
Muito caibro e vergalhão
Além de contar com apoio
De toda a população
Só a vitória interessa
Contra a especulação
E lutando pela terra
E também por moradia
Essa gente lutadora
Busca uma democracia
Que ultrapassando o voto
E a banal demagogia
Enquadra quem no poder
Só governa à revelia
E sustentar essa luta
Contra um inimigo insano
É coisa que todo pobre
Deve fazer sem engano
Pois se trata de uma luta
Que atravessa todo ano
Pra derrotar quadrilheiros
E todo bandido tucano
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