O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região, Isaac do Carmo, entregou ao presidente da República em exercício, deputado federal Marco Maia (PT/RS), o abaixo assinado da CUT (Central Única dos Trabalhadores) que pede a isenção do Imposto de Renda sobre a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) dos trabalhadores.
O abaixo assinado com 220 mil assinaturas foi entregue por Isaac e representantes dos ramos metalúrgico, químico e bancário da CUT em audiência realizada nesta quinta-feira, dia 1º, em Brasília.
Para o presidente Isaac do Carmo, a adesão ao abaixo assinado mostra ao Congresso Nacional que a Classe Trabalhadora está mobilizada e quer a isenção do Imposto de Renda sobre a PLR.
“A isenção do Imposto de Renda na PLR é mais um instrumento de geração de renda para os trabalhadores e a proposta da CUT visa corrigir a desigualdade que acontece hoje, quando os lucros dos acionistas das empresas são isentos de IR”, disse Isaac.
Os sindicalistas reivindicaram ainda agilidade na aprovação dos projetos dos deputados Berzoini e Vicentinho (ambos PT-SP) sobre o tema, que tramitam na Câmara.
Na audiência, o presidente Isaac também debateu com Marco Maia o momento de crescimento econômico que Taubaté vive, e ressaltou a necessidade de novos investimentos nas empresas da cidade para a geração de empregos e renda para a população.
“Taubaté precisa de políticas de desenvolvimento sustentável que complementem a questão econômica com qualidade de vida em pontos essenciais para a população como a Saúde, a Educação e a Segurança Pública”, disse Isaac.
Logo após a audiência com Maia, Isaac e os sindicalistas da CUT se reuniram com o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, e o coordenador-geral de Tributação da Receita Federal, Fernando Mombelli, que receberam a proposta de Medida Provisória dos trabalhadores sobre a isenção do Imposto de Renda na PLR.
Os dirigentes reivindicam que o governo edite uma medida provisória com esse conteúdo, o que agilizaria o processo e beneficiaria os trabalhadores já em 2012.
O ministro Gilberto Carvalho se comprometeu a levar a proposta dos sindicalistas à presidenta Dilma Rousseff ainda no início da próxima semana. O coordenador-geral de Tributação da Receita Federal afirmou que o Ministério da Fazenda fará um estudo a respeito do impacto das medidas apresentadas de forma a subsidiar a decisão do governo.
Segundo estudos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a isenção representa uma economia de R$ 1,6 bilhão, montante que poderia ir diretamente para o consumo, favorecendo a movimentação da economia e ampliando a produção industrial e a geração de empregos.
Alíquotas – De acordo com esudo do Dieese, o ideal seria a isenção total do imposto para PLRs de até R$ 8 mil anuais e alíquotas sucessivamente maiores para as de maior valor: 7,5% para as PLRs de até R$ 12 mil; de 15% para as maiores de R$ 12 mil até R$ 16,2 mil; 22,5% até R$ 20.250 e a partir desse valor, de 27,5%.
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