sexta-feira, 18 de março de 2016

CIESP

 Dez mil trabalhadores no plano pró-emprego

Cinco empresas são em Taubaté e todas do setor automotivo






O número de trabalhadores beneficiados pelo Programa de Proteção ao Emprego ultrapassa 10 mil no Vale.Desde que foi lançado pelo governo federal, em julho do ano passado, sete empresas da região foram incluídas no plano, sendo todas do setor automotivo.
O balanço é do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). As empresas que aderiram ao pacote são montadoras e fornecedores do setor. Cinco delas são de Taubaté, cidade onde passaram a contar com o benefício 6.153 mil trabalhadores.
O programa, que permite a redução na jornada de trabalho e de salários dos empregados em troca de estabilidade do emprego, foi criado para evitar demissões durante a crise econômica.
 O gerente regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) em Taubaté, José Arimatéia, mesmo avaliando a medida como positiva, explica que é necessário preparar o mercado caso a crise se estenda.

"As empresas da região estão passando por um tempo difícil, de rever posicionamento, de cortes. O programa veio em boa hora para o empregado, que tem a estabilidade de emprego, e também para o empregador, já que garante um fôlego a mais para a empresa. Mas é preciso se preparar a longo prazo, porque o mercado automotivo continua congelado”.
Empresa
Beneficiados
Cidade
Volkswagen
3.745
Taubaté
Ford
1.390
Taubaté
Maxion
3.544
Cruzeiro
Gestamp
806
Taubaté
Grammer
451
Atibaia
S.M. Modulares
163
Taubaté
SAS Automotive     
49
Taubaté

Entre as empresas que aderiram ao PPE na região estão grandes polos da economia local, como as montadoras Volkswagen e 
Ford de Taubaté, que mantém, somado, 5,1 mil no programa. Juntas, elas empregam cerca de 6 mil funcionários.
Segundo o SindMetau (Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté), a cidade tem cerca de 15,6 mil empregados em indústrias do ramo metalúrgico - em que as montadores e parte dos fornecedores do setor se enquadram.
Além das montadoras de Taubaté, também aderiram ao PPE a a Grammer, de Atibaia e a Maxion, de Cruzeiro. Juntas, elas mantém cerca de 4 mil trabalhadores no programa pró-emprego.
Arimatéia alerta que além de assegurar os empregos, o governo preciso resolver a causa do problema. “Precisamos de uma ação maior que só ter atenção aos possíveis reflexos da crise, como o desemprego, é preciso entender os sintomas que levam a indústria a esse cenário congelado”, explicou.
Programa
A
 primeira empresa do país a entrar no programa foi a Grammer de Atibaia. A unidade havia demitido 180 trabalhadores e entrou no grupo na tentativa de evitar novos cortes durante a crise setor automotivo, do qual é fornecedora de bancos para as montadoras.
A empresa havia aderido ao PPE com duração de seis meses, que terminou no fim de fevereiro e entrou com pedido de renovação do pacote. A Volkswagen de Taubaté também entrou com pedido de renovação do PPE depois dos seis meses de programa. As empresas ainda dependem da aprovação do MTE.

Segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), Taubaté fechou
mais de 3,8 mil postos de trabalho na indústria em 2015.


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