LG E SINDMETAU TEM NOVA AUDIÊNCIA MARCADA PARA
QUINTA-FEIRA (28) NO TRT
Hernani Lobato, presidente do SindMetau |
O TRT determinou que a LG entregue, em até 48
horas, dados detalhados dos gastos totais com os empregados da empresa, em outubro e novembro de 2015,antes das
453 demissões na unidade. As informações vão amparar um nova audiência de conciliação entre o
sindicato e a multinacional, agendada para a próxima quinta-feira (28), às 14h,
no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Campinas (SP).
A audiência
desta terça (26) no tribunal durou quase 2 horas terminou sem acordo. O
Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté
(SindMetau) quer a reversão das dispensas e a LG vem alegando que a
proposta é inviável. As
demissões estão suspensas pela Justiça desde o mês passado. Não há
prazo para decisão sobre o futuro dos trabalhadores.
Nesta última
audiência, o desembargador Samuel Hugo Lima, determinou que a empresa forneça
os seguintes dados adicionais: informações sobre os gastos totais dos
empregados em outubro e novembro de 2015 de forma discriminada, ou seja, conta
por conta. O tribunal avalia a possibilidade da LG aderir ao Programa de
Proteção ao Emprego, que reduz salários e jornada.
Antes, a
empresa já havia fornecido informações financeiras - os dados são sigilosos e
ficaram disponíveis apenas à direção do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté,
que representa os trabalhadores.
Hernani Lobato, presidente do SindiMetau afirmou que o desembargador pediu que as partes levem propostas para tentar um acordo.
Questionado sobre o impasse Lobato foi taxativo: "Nós [sindicato] já fizemos várias propostas, como a reversão total ou parcial das demissões, PPE, layoff [suspensão dos contratos de trabalho] e a LG negou. Cabe à empresa apresentar novas ideias de como resolver o problema. Se isso não acontecer, nós vamos para o julgamento
A LG foi procurada para comentar a audiência desta terça, mas não retornou até a publicação desta reportagem.
A LG
produz em Taubaté televisores, monitores e celulares. A unidade emprega
cerca de 1,5 mil trabalhadores. A multinacional alega que a crise econômica provocou
queda nas vendas do setor e atualmente utiliza apenas 30% de sua capacidade
produtiva - o que justificaria a dispensa de cerca de um quarto do efetivo em
dezembro de 2015.
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