terça-feira, 27 de novembro de 2012

Mudança de valores

Amauri Xavier dos Santos


Às vezes, eu me lembro da minha querida infância. Ela foi repleta de alegrias, peripécias e algumas broncas pelo que fazia. Na década de 60, era tudo simples, os brinquedos que as crianças ganhavam na época eram, na maioria, feitos de madeira ou plástico como: piões, carrinhos de madeira, bola e também bolinhas de gude. As meninas ganhavam bonecas de pano, peteca e miniaturas de cozinha com seus utensílios, etc. Além disso, havia muitas brincadeiras oriundas do nosso folclore como: brincadeira de roda, amarelinha, pega-pega, cobra cega, esconde-esconde e outras.
         O Natal era um  tempo muito especial, os pais que tinham melhores condições financeiras davam presentes aos seus filhos como: bola de couro, chamada popularmente na época “bola de capotão” e as meninas bonecas “Barbie”, apesar dos brinquedos simples, os menos favorecidos sentiam-se felizes, porque existia muito amor dentro das famílias. Por outro lado, a educação era rígida, cheias de regras e o respeito aos mais velhos era uma marca registrada desta época. Nossos pais apenas com um olhar, já davam seu recado, isto significava que os filhos deveriam obedecer às normas de conduta estabelecidas por eles. Algumas palmadas e chineladas eram o tipo de punição dada aos pequenos, quando se fazia alguma estripulia. Atualmente, esta atitude é condenada por psicólogos e educadores, entretanto estas crianças, hoje são pais e mães. Não consigo ver claramente algum tipo de seqüela causadas por essas punições que sofreram na infância. Esta era a forma que os pais tinham para impor limites aos seus filhos. Hoje em dia, esta punição foi trocada por castigos, mais brandos como: tirar deles, a televisão, computador e vídeo game. Na minha ótica, medidas paliativas que não resolve o problema na sua plenitude. O ponto crucial do problema é, como os pais estão criando seus filhos e preparando-os para o futuro. Os reais valores do ser humano foram esquecidos e os pais ficaram a deriva. O que vejo hoje na maioria dos casos são adolescentes mimados, arrogantes, superficiais, materialistas e individualistas. Tudo isso, devido a uma criação liberal e sem limites, tendo como resultado, adolescentes arruaceiros, delinqüentes e sem rumo. A falta de comprometimento na educação dos filhos, a ausência dos pais em casa, está levando à uma ruptura muito significativa no que tange ao vínculo familiar. O tempo é exíguo, o luxo, a busca pela novidade eletrônica, tudo isso somado, está causando um vazio profundo nas pessoas. Infelizmente, muitos pais compensam sua ausência e sua participação, dando aos filhos tudo o que há de moderno no que se refere à tecnologia, esquecendo-se de que isso, não irá jamais substituir a presença e atuação deles dentro de casa. A religiosidade é algo que está distante de muitas famílias. O dinheiro sobrepõe o divino. DEUS é apenas o “cara lá de cima”. Diante deste quadro desolador, eu sugeriria um caminho a seguir para tentar reverter essa situação caótica.
Os educadores, professores e psicólogos deveriam orientar os pais de uma forma efetiva de como conduzir uma família, mesclando o amor com respeito, responsabilidade e religiosidade. Assim podemos enxergar uma luz no fim do túnel.
Como disse o Dr. Içame Tiba “A mãe (ou o pai) que leva o filho para uma igreja não vai buscá-lo na cadeia”.





Autor: Prof. Amauri Xavier dos Santos
E-Mail: amauricollins@bol.com.br   

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